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Vestuário que impeça o reconhecimento facial é proibido no Sri Lanka

O presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, proibiu o uso de peças de roupa que tapem o rosto. A proibição entra em vigor esta segunda-feira. O país ainda se encontra em estado de emergência após os atentados no domingo de Páscoa.

O anúncio da proibição do uso de vestuário que impeça o reconhecimento facial foi feito no domingo, uma semana depois dos atentados na Páscoa. A medida serve para ajudar as autoridades locais a identificar mais facilmente possíveis colaboradores dos bombistas que realizaram os atentados e que ainda não tenham sido detidos.

Em comunicado, o presidente do Sri Lanka explicou que este tipo de peças de roupa, ao impedirem o reconhecimento facial, são “uma ameaça à segurança nacional e à segurança pública”. Segundo a Reuters, um dos porta-vozes do chefe de Estado garantiu que esta ordem presidencial terá efeitos imediatos.

Esta medida abrange o niqab e a burka, peças de vestuário tradicionalmente usadas pelas mulheres muçulmanas.

O All Ceylon Jamiyyathul Ulama (ACJU), o mais importante corpo de teólogos islâmicos no Sri Lanka, mostrou-se a favor desta proibição, mas apenas se for a curto prazo e opõe-se a qualquer tentativa de legislar contra o uso da burka e do niqab. “Se for feita uma lei, terá um mau impacto. É um direito religioso.”, explicou Farhan Faris, membro da ACJU.

O Sri Lanka encontra-se em estado de emergência após os atentados no domingo de Páscoa. Três hotéis e três igrejas cristãs foram atacadas, causando a morte a 253 pessoas, incluindo um português. O atentado foi reivindicado pelo Daesh.

Artigo revisto por: Andreia Jesus