Linkin Park
Falar de Linkin Park é falar na infância e juventude de qualquer rapaz que nasceu nos anos 90. É falar numa banda que acompanhou inúmeros, é falar em gargantas roucas, colunas a altos berros e muitos saltos. Os Linkin Park são uma banda norte-americana, das mais aclamadas da época de 90 e início do novo século. Com Chester à frente, a sua voz passou a ser uma marca desta banda. Uma mão já não chega para contar as vezes que concertos foram cancelados por causa de problemas de voz do cantor norte-americano conhecido por abusar das suas cordas vocais.
Tudo começou com o álbum Hybrid Theroy. Foi o primeiro álbum de estúdio, o grande passo em direcção a uma grande carreira. Com um rock aguerrido, forte e cativante marcaram este álbum singles como “One Step Closer” ou “In The End”. Eram uma banda diferente e cheia de vontade de mostrar o que valiam.
A fasquia ficou elevada e os Linkin Park mostraram que não eram meninos de um só álbum de sucesso e avançaram para um novo álbum: Meteora. Quem não sabe de cor os versos do grande single “Breaking The Habit”? Enormes. Souberam gerir a fama, foram oportunos a gerir a tourneé e o lançamento de um novo disco.
Em 2007 os Linkin Park lançaram o que viria a ser o seu álbum de maior êxito: Minutes to Midnight. Um álbum delicioso com baladas como “Shadow of the day” ou músicas de rock puro e bom que levanta qualquer pé do chão, que despenteia qualquer cabelo e eleva as cordas vocais ao máximo como “Bleed it out” ou “Given Up”. Foi o ponto alto desta banda.
Depois de um álbum enorme os fãs queriam mais. Queriam ver o Chester a berrar, queriam saltar e eis que surge um novo álbum intitulado A Thousand Suns que, infelizmente, não trouxe nada disso. Talvez as cordas vocais do vocalista começassem a dar problemas, talvez a fama lhes tenha feito mal ou tenham começado a ficar velhos. Não vejo uma razão que explique a mudança de qualidade de um álbum para o outro. Do rock puro e duro passamos para sons pop-rock banalizados e de uma banda que pareceu ter-se vendido à indústria cultural.
Dos álbuns mais recentes não vou falar. Lanço o desafio de ouvirem os primeiros 3 álbuns aqui falados e depois ouvirem os últimos 3. São tão distintos. Que saudades daquele rock puro que me fazia vibrar. Que saudades dos verdadeiros Linkin Park, de sons aguerridos como “Faint”. É o que dizem: tudo o que é bom acaba-se.
AUTORIA
O Tomás é um gajo com a mania de que sabe escrever e que tem opinião sobre tudo. Tem uma farta barba e reza a lenda que sem uma boa imperial nenhuma palavra lhe sai das mãos.