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24 horas em casa, deixo para amanhã o que posso fazer hoje?

Confinados novamente. E agora? Achávamos que iríamos voltar aos nossos hábitos que, durante meses, estavam estagnados e os quais ansiamos.

 Iludimo-nos com o facto de que o vírus não iria ficar por muito tempo devido ao quão desenvolvidos cientificamente nos encontramos e que em um ano já estávamos de volta à rotina. Pois, este pensamento passou pela mente de todos nós. Outra vez na mesma situação, uns felizes e outros chateados pelo facto de estarmos novamente confinados dentro de casa, sem a possibilidade de manter contacto com os outros, de irmos à escola, de termos a “liberdade” de sair à rua sem o risco de voltarmos com o vírus e o receio de afetarmos os outros. 

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A vida não parou, mas a nossa vida ativa ficou afetada. O facto de não podermos sair sem nenhuma justificação pôs a nossa vida ativa em pausa, reforçada com o encerramento de ginásios e locais públicos para prática desportiva. A alternativa ao teletrabalho e as aulas a nível virtual reforçaram o desânimo, levando a praticar uma vida de moleza. 24 horas em casa, entre 4 paredes, sozinhos ou acompanhados, onde o mais ativo que ficamos é percorrendo o caminho entre a televisão, o frigorífico e a cama, deixando apenas aquele pensamento de que deveríamos estar a fazer alguma coisa. No entanto, a preguiça é superior. Deixamos para amanhã as tarefas, pois “não tenho pressa”. Horas são passadas em frente dos nossos atuais companheiros: os nossos dispositivos eletrónicos. 

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A influência que as redes sociais, televisão, sites e computadores têm em nós atualmente é inaceitável. Contudo, todos nós nos submetemos aos mesmos desde o momento em que acordamos ao anoitecer, pois acabam por ser alternativas para “passar mais rápido o tempo”. Estamos presentes num ciclo vicioso que todos temos em comum e partilhamos , desejando apenas o seu fim e a volta dos nossos hábitos regulares. 

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Este confinamento teve o seu lado positivo, nomeadamente o fim das nossas vidas corridas e horários preenchidos, levando à nossa exaustão diária. Porém, negativamente, levou-nos para uma vida monótona que será difícil de eliminar com o fim do mesmo, ou seja, transitamos de um extremo para o outro. 

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Para evitarmos estes hábitos, sugerimos a continuação de uma vida ativa. A prática de uma vida saudável e desporto individual, escolhas saudáveis. Continuar com a mesma rotina antes do confinamento, nomeadamente acordar cedo, evitar mexer logo no telemóvel que prejudica a nossa visão e mentalidade, a alimentação a horas certas sem saltar nenhuma refeição.

A continuação da socialização, melhorando os laços familiares em casa ou com nós próprios, através da escolha de novos hobbies, de forma a obter uma relação intrapessoal e o reconhecimento de novos gostos. As limpezas ou decoração da casa também são uma boa forma de passar o tempo, melhorando o seu ambiente. E, claro, o descanso também é vital e merecido neste confinamento, porém sem perder os nossos hábitos e rotinas.

Aspiramos pelo fim desta “prisão domiciliária” em que todos estamos. Contudo, é por uma boa razão: a volta do que nos foi retirado. A melhoria dos casos remete para a volta desta liberdade perdida, mais cedo ou mais tarde. Porém, dito por Mariana Vieira da Silva: “A nossa vida tem sido muito marcada pela pandemia e eu queria dizer que vai continuar a ser“, pois testemunhamos um momento histórico mundial marcante.

Artigo revisto por Adriana Alves

Fonte da foto de capa: Reddit

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