3, 2, 1… Que comece o circo!
Entre 3 e 13 de janeiro, quem entrou no Altice Arena, em Lisboa, entrou num verdadeiro mundo fantástico. Impossível e inimaginável. Mas tornado realidade graças à produção e ao trabalho do Cirque du Soleil.
Com uma peça intitulada de “OVO”, o espetáculo não é apenas um simples “ovo”, o zigoto dos animais, segundo o ponto de vista da biologia, e não fala do ovo da foto que bateu o recorde do Instagram com mais de 29 milhões de gostos.
“OVO” conta a história de uma precipitada corrida para um ecossistema cheio de vida e de cor, onde insetos trabalham, comem, rastejam, brincam, lutam e até se apaixonam. Tudo isto num enorme e grandioso tumulto de energia, onde o contraste entre o barulho e o silêncio é um dos ingredientes principais que prometem surpreender até o espectador mais cético.
São duas horas onde a vida flui com toda a intensidade neste universo animado pelos insetos. Formigas incríveis que fazem malabarismo com comida, pulgas flexíveis, ara- nhas de seda e grilos loucos que andam diretamente numa parede, levam o espetador a rir, a chorar, a gritar, cantar ou suster a respiração.
O “OVO” é, então, uma representação da natureza sem filtros. Contando com 50 artis- tistas de 14 países, é um retrato fictício repleto de imaginação, luz, som e emoção, onde cada personagem assume um papel que promete transformar a nossa maneira de olhar para a natureza.
Esta é mais uma criação do Cirque du Soleil, que tenta forçar os limites da imaginação e surpreender continuamente a plateia. Inovação e criatividade estão sempre presentes nos seus espetáculos, esforçando-se para levar a aventura e os seus sonhos em frente.
Não é apenas uma experiência visual. A música desempenha um papel enorme ao dar vida às suas criações, assim como os conjuntos e equipamentos de palco, que são parte integrante da transmissão do tema e da atmosfera.
O facto é que o Cirque du Soleil redefiniu como o mundo vê o circo, criando, há cerca de 40 anos, algo mágico, excitante e revolucionário numa escala global. Livre de animais, impressionante, dramática, bonita e reflexiva, as performances exibem trajes impressionantes, iluminação mágica e música original.
Artigo revisto por Liliana Pedro