Vamos pôr os pontos nos is
No dia 25 de abril, para celebrar a liberdade, os lisboetas libertaram as suas preocupações numa noite inesquecível que praticamente encheu o Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa.
Que horas são? São nove e meia, mas viemos ver Os Quatro e Meia.
“Já são Quatro e Meia, está perto da hora”
Para quem não atuava ao vivo há dois anos, Os Quatro e Meia mostraram estar muito à vontade no palco. O concerto do dia 25 de abril juntou mais de 1000 pessoas para ver atuar seis rapazes, aliás, cinco rapazes e meio, já que Rui, como os membros dizem a brincar: “Só conta pela metade”, pois é baixinho.
“- São cinco caipirinhas e, para ele, Ucal”
No seu site, eles explicam: “O nome Os Quatro e Meia foi motivado por uma óbvia diferença de estaturas entre os cinco elementos que compunham a sua formação original e assim se manteve após a adição de mais um músico, uma vez que o baixinho “Meia” já não estava em idade de crescer.” O concerto foi cheio destas piadas e picardias entre os membros, o que dava uma sensação mais leve à música acústica que tocaram.
O lema da banda é: “Se a vida te dá limas, faz caipirinhas.” E eles transmitem essa positividade e sentido de humor nas suas músicas. Enquanto todos queriam beber caipirinhas durante o concerto, o Rui só podia beber Ucal.
O que podia ser descrito como “música portuguesa com nova roupagem” cantada pelos Il Divo portugueses, são poemas cantados com muito significado e ritmo.
Fazendo as contas, para tocar o álbum “Pontos nos is” foram tocados 14 instrumentos no concerto inteiro: as clássicas guitarras, o demarcado violino, o contrastante contrabaixo nas mãos de Rui (o Meia), o tradicional acordeão, o sonoro bandolim, muita percussão e até um xilofone! São todos instrumentos com os quais esta banda procura trazer ao mundo novas sonoridades.
Estou a aquecer bem o palco?
Na primeira parte, VIA, uma jovem música vinda do Porto, abriu o concerto da melhor forma possível. As pessoas deixaram-se descontrair ao som de música portuguesa.
Podes ouvir aqui uma das suas músicas, “Feita de Ferro”.
João (não está) Só
Foi com muita descontração que Os Quatro e Meia acolheram o João Só, músico português, e cantaram juntos um tema de cada um.
O João não veio só: trouxe a sua guitarra elétrica para “animar a malta acústica”. Juntos, cantaram o tema “Sorte Grande” que podes ouvir aqui:
O segundo convidado foi o grande António Zambujo. Para a banda, que apresentava o seu segundo e último concerto da semana, em Lisboa, Zambujo é a base do seu trabalho. Os Quatro e Meia são, basicamente, os aprendizes de António Zambujo e cantaram, entre outro tema, a música “Zorro” que já tinham cantado antes.
Mesmo os fãs mais bem informados foram surpreendidos com duas novas músicas, no início do concerto e com uma nova experiência: a internacionalização da música “Sentir o sol”. Os rapazes cantaram em inglês, espanhol e alemão com o público. Ao chegarem à língua italiana, não resistiram de fazer referência à série Casa de Papel com a música Bella Ciao.
Depois de danças na cadeira e ovações de pé, veio um grandioso encore!
Trouxeram os temas “P’ra a frente é que é Lisboa”, uma música que encaixa muito bem no concerto, e “Baile de São Simão”, onde o público achou que nem valia a pena sentar e que dançar era a melhor decisão. Este último momento fez-nos esquecer de que estávamos num teatro tão sóbrio como o Tivoli BBVA e transportou-nos mesmo para a aldeia de São Simão.
Próximas horas
Se não pudeste ir a este concerto a horas, não te preocupes que Os Quatro e Meia vão atuar dia 23 de novembro, no Coliseu do Porto. E eles querem uma “invasão de Lisboa ao Porto”
Site da banda: http://www.osquatroemeia.com/
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCL8jQ_B-ZfVdaW8ko_6-B2g
Spotify: https://open.spotify.com/artist/4pHDBbJMWvniiMjrhi2rfE?si=3DNR6L2WTjGe4I4AEXa2bw