Música

Um folk diferente

Quando parece que algo desapareceu, que algo morreu ou deixou de estar na moda, existe sempre alguém que pega nesse exacto algo e o transforma, o reinventa e cria uma legião de fãs que vêem nesse algo outro algo que não viam antes. O folk foi um desses algos.

No início deste século, foram várias as bandas a querer reinventar o folk, este artigo é sobre uma delas, os Mumford & Sons.

Em 2007, os músicos ingleses Marcus Mumford (vocais, violão, bateria, bandolim), Ben Lovett (vocais, teclados, acordeão, bateria), Winston Marshall (vocais, banjo, violão, guitarra ressonadora), e Ted Dwane (vocais, contrabaixo acústico, bateria, violão) criaram uma banda de folk rock. Com músicas num ritmo que agarra e alegra, com letras originais e performances mexidas e interactivas em palco, os Mumford conseguiram vingar num estilo em que poucos arriscavam. Logo em 2007 lançaram o seu primeiro EP, “Love Your Ground”, com o qual começaram a conquistar o seu primeiro público através de uma tourné pelo Reino Unido.

Em Outubro de 2009, o seu mundo deu uma volta, a edição de “Sigh No More” trouxe às rádios de todo o mundo músicas que ficaram tão conhecidas como “Little Lion Man” ou “The Cave”. Foi o álbum de consagração e de afirmação de uma banda recente mas com vontade e originalidade de vingar num mundo onde o pop cliché, o rock repetitivo e as baladas entopem as listas de músicas mais ouvidas. Foi com este álbum que eles passaram em Portugal no festival Optimus Alives em 2012. E foi com o novo álbum, “Babel” que eles regressaram a Portugal no ano seguinte para actuar no Coliseu dos Recreios. Um concerto que não se esqueceu dos êxitos do primeiro álbum e que encantou o público português.

Mumford & Sons são uma banda com mérito. Arriscaram num estilo que poucos arriscam e conseguiram vingar e certamente que não se darão por satisfeitos. Aguardo muito ansiosamente os anos que aí vêm, assim como o regresso deles a Portugal.

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O Tomás é um gajo com a mania de que sabe escrever e que tem opinião sobre tudo. Tem uma farta barba e reza a lenda que sem uma boa imperial nenhuma palavra lhe sai das mãos.