Óscares: cerimónia sem apresentador, mas com magia
Dia de Óscares é dia de noitada ou então de adormecer a meio. Qual das duas foste? Confesso que eu fui a segunda opção, mas não foi por isso que deixei de estar a par de tudo o que se passou. Nada como puxar o programa para trás, pegar em pipocas, deitar-me no sofá e assistir à maior entrega de prémios.
Se não conseguiste fazer nada disso e só viste coisas aos poucos ou vídeos nas redes sociais, neste artigo encontras tudo o que precisas de saber sobre a noite de 25 de fevereiro de 2019.
Como disse, a noite da entrega dos Óscares aconteceu no dia 25 de fevereiro e antes da entrega em si começar houve a tão conhecida, e esperada por muitos, passadeira vermelha.
Mulheres com vestidos discretos, mulheres com vestidos extravagantes, homens com fatos elegantes e até homens com vestidos extravagantes. Sim, leste bem, vestidos extravagantes. Billy Porter arrasou na passadeira vermelha e meteu toda a gente a comentar a sua ousadia.
Antes de começarmos a falar da gala em si deves também saber que a entrega não teve anfitrião, coisa que não acontecia há 30 anos. O convidado para apresentar a gala foi Kevin Hart, mas por ter feito comentários homofóbicos há 10 anos foi afastado do espetáculo. Assim, os Óscares começaram logo a marcar pela diferença nesse sentido.
Não houve anfitrião, mas houve várias pessoas que foram apresentando a entrega de prémios.
Será que podemos dizer que houve então vários anfitriões? Confesso que tenho as minhas dúvidas, até porque a apresentação dos óscares assentava que nem uma luva a Kevin Hart.
Agora que já estás a par dos casos mais emblemáticos antes da entrega começar vamos passar para as atuações que foram acontecendo durante toda a noite.
O espetáculo dos óscares começou com a atuação dos Queen. Para mim, um dos grandes momentos da noite. Todos estavam de pé a dançar, a cantar e a apreciar a qualidade da banda. Outro dos momentos musicais que mais marcou a gala foi o dueto de Lady Gaga com Bradley Cooper com a canção “Shallow”, que ganhou o prémio de “Melhor Canção Original”.
Guarda roupa, atuações musicais, anfitriões, tudo isso foi importante para o mediatismo dos Óscares, mas o que muitos queriam saber era os vencedores dos prémios.
Não te vou fazer uma lista de todos os prémios entregues, mas vou falar sobre os vencedores dos prémios mais importantes e também sobre aquilo que os nomeados para “Melhor Filme” ganharam ao longo da noite.
Caso não saibas existiam 8 nomeados para a categoria de melhor filme: “A Star Is Born”, “Bohemian Rhapsody”, “Black Panther”, “BlacKkKlansman”, “Green Book”, “Roma”, “The Favourite” e “Vice”.
Vamos começar com “A Star Is Born“. Muitos eram aqueles que esperavam que o filme ganhasse vários prémios, mas apenas teve direito a um com a música “Shallow”, como já te disse.
Já “Bohemian Rhapsody” teve mais sorte. O filme levou para casa 6 prémios, um deles o de “Melhor Ator”, atribuído a Rami Malek. Os outros 5 prémios foram: Melhor mistura de som, atribuído a John Casali, Tim Cavagin e Paul Massey; melhor montagem para John Ottman; e melhor edição de som para Nina Hartstone.
“Black Panther” ganhou os prémios de melhor banda sonora original, melhor figurino e melhor direção de arte. No início da gala as expetativas eram muito altas para Black Panther porque ganhou prémios de forma seguida, mas ao longo da noite as expetativas foram baixando.
Já o filme “BlacKkKlansman”, que fala de um infiltrado afroamericano numa organização de supremacistas brancos, ganhou o prémio de melhor argumento adaptado, dado a Kevin Willmott, Spike Lee, Charlie Wachtel e David Rabinowitz.
“Green Book” foi o grande vencedor da noite. Para além de prémios como melhor argumento original e melhor ator secundário, o filme ganhou o prémio de melhor filme, o grande prémio que todos desejavam receber.
Os prémios de melhor diretor, melhor fotografia e melhor filme estrangeiro foram entregues a “Roma”, um dos grandes possíveis vencedores da noite. Aliás, o prémio de melhor filme, antes de a gala acontecer, estava indeciso entre “Bohemian Rhapsody” e “Roma” por parte daqueles que esperavam a entrega.
Nem um nem outro ganharam, mas o filme da Netflix marcou pela positiva e deixou muitas pessoas tristes por não ser o grande vencedor.
Já “The Favourite” contou com 10 nomeações e foi o filme mais nomeado este ano. Mas será que o número de nomeações foi bom em comparação com os prémios que ganhou realmente? O filme ganhou um dos grandes prémios: o de melhor atriz atribuído a Olivia Colman, mas ficou por aí. As nomeações foram muitas, mas os prémios foram poucos.
Por fim temos “Vice”, o filme que fala sobre o vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney e é interpretado pelo conhecido Batman, Christian Bale. O filme está muito bem feito, mas os prémios que recebeu não correspondem muito à qualidade – o filme apenas ganhou o prémio de melhor maquilhagem e penteados, entregue a Greg Cannom, Kate Biscoe e Patricia Dehaney-Le May.
Para além das entregas de prémios, houve um grande destaque para a Netflix. O serviço de streaming nunca teve tantas nomeações como este ano – 15 nomeações e 10 só de Roma, sendo que ganhou alguns prémios e era um dos filmes preferidos.
Os Óscares acabaram, mas os comentários e as conversas sobre a entrega de prémios continuaram durante toda a semana. Uns felizes, outros menos satisfeitos, mas no geral as entregas foram justas e merecidas.
Resta dizer: para o ano há mais!
Artigo revisto por Catarina Santos