The (not so) Good Place
Estás à procura de uma série curta e divertida para fazer binge-watching durante a quarentena? The Good Place pode ser a melhor opção. Esta série estreou em 2016 e terminou, após quatro temporadas, no início deste ano. Se ainda não a conheces, lê este artigo e dá-lhe uma oportunidade.
Ao contrário da maioria das séries que conhecemos, esta história começa depois da morte. Quando Eleanor Shellstrop (interpretada por Kristen Bell) morre, esta é enviada para o Good Place, um lugar para pessoas que passaram a sua vida a fazer o bem, onde a felicidade é eterna e cada pessoa tem a sua alma gémea. Aqui, cada bairro é único e tem as suas peculiaridades, sendo desenhado especialmente para os seus residentes que também são selecionados cuidadosamente, de forma a que todos se deem bem entre si. Michael (interpretado por Ted Danson) é o arquiteto do bairro de Eleanor e também a pessoa que coordena tudo o que lá se passa. É ele que explica a Eleanor que há um Good Place e um Bad Place, que lhe mostra o bairro e que lhe apresenta a sua alma gémea, Chidi Anagonye (William Jackson Harper), um professor apaixonado por ética e filosofia que consegue ser muito indeciso. Até agora, tudo parece bem, mas acontece que Eleanor não pertence ao Good Place.
Eleanor Shellstrop não se considera uma pessoa má, mas reconhece que também não foi particularmente uma boa pessoa durante a sua vida e definitivamente não pertence ali. É então que Eleanor pede a Chidi que lhe ensine ética e a ajude a tornar-se numa pessoa melhor e a merecer o seu lugar neste sítio tão seletivo.
Também ficamos a conhecer outros personagens que tornam o enredo ainda mais divertido e envolvente, como a Janet (D’Arcy Carden), uma espécie de base de dados em corpo humano que contém todo o conhecimento do mundo e cuja missão é ajudar os residentes do bairro; Tahani Al-Jamil (Jameela Jamil), uma jovem adulta da alta sociedade que fez várias boas ações durante a sua vida, mas que consegue ser muito snob, e a sua alma gémea Jianyu, ou Jason Mendoza (Manny Jacinto), como iremos perceber mais tarde, um monge budista que, aparentemente, obedece a um rigoroso código de silêncio. São estas as personagens, tão diferentes entre si, que formam o elenco principal e em quem a história se centra, existindo ao longo das quatro temporadas vários flashbacks que nos mostram como eles eram e o que fizeram na sua vida terrestre.
No fundo, posso dizer-te que esta é uma das séries mais engraçadas que já vi, com vários plot twists e surpresas pelo meio. Além do esperado romance, da amizade e de certas questões éticas abordadas à medida que o enredo se desenvolve, podemos sempre contar com um humor verdadeiramente divertido e inteligente em cada episódio. The Good Place apresenta um conceito muito diferente de tudo o que já vi e é isso que torna esta série tão boa e hilariante.
Assim, deixo-te a sugestão de uma série realmente cativante, que nos prende ao ecrã desde o primeiro episódio e que nos deixa com vontade de nunca mais parar de a ver. Em apenas vinte minutos por episódio, podemos ver como o tema da vida após a morte é tratado de forma muito natural, leve e sempre com humor.
Artigo revisto por Ana Rita Sebastião