FOME EMOCIONAL: O QUE É E COMO CONTROLAR?
Aviso de gatilho: o conteúdo pode ser sensível para quem lide/esteja a lidar com distúrbios alimentares.
Quem é que nunca teve aquela vontade de devorar um pacote de bolachas ou até mesmo de comer um gelado ou um hambúrguer no final de um dia mau? Apesar de comprometer a nossa saúde, sabe-nos tão bem que isso acaba por se sobrepor à disciplina alimentar.
Isto trata-se de fome emocional, que não é nada menos do que a tentativa de compensar fatores de instabilidade emocional como a solidão, o stress, a ansiedade, o sentimento de culpa ou qualquer outro sentimento de vazio; vazio este que acaba por ser preenchido com comida, normalmente rica em gordura e/ou açúcar. O objetivo é, através da comida, obter um refúgio ou um consolo. Porém, depois da cedência chega a frustração. Surge de forma repentina e, se não for imediatamente saciada, torna-se difícil de controlar. Contudo, todo o problema tem uma solução e este não é diferente. Existem diversos comportamentos que devem ser adotados para controlar esta perturbação:
- Antes de agir, tem de perceber qual é o problema que desencadeia esta situação que conduz a um comportamento alimentar disfuncional. Seja a ansiedade, o stress ou qualquer outra causa, é importante identificá-la, para aprender a lidar com as dificuldades emocionais da mesma sem o recurso a estes guilty pleasures.
- Questione-se. Quando se encontra perante um episódio de fome emocional, pergunte a si mesmo o porquê de querer comer. Rapidamente se irá aperceber de que a resposta está relacionada com o seu lado emocional. Em vez de ceder e saciar essa fome emocional, procure encontrar outras atividades substitutas como dar um passeio, ver um filme, ler um livro, entre outras.
- As dietas restritivas não são uma opção. Estas dietas conduzem a défices calóricos que fazem desencadear um peso de responsabilidade e, consequentemente, o desejo de se consolar numa alimentação calórica.
- Contrarie a sua vontade e reeduque-se. Na sua alimentação, tente incluir novos alimentos (saudáveis e nutritivos) que garantam uma sensação de saciedade e não o deixe com fome tão cedo.
- Priorize o seu sono e tempo de descanso. Por vezes, a falta do mesmo leva a que durante o dia procure alimentos que possam repor a energia em falta. Contudo, é importante não cair na tentação destes “alimentos inimigos”.
- O exercício físico e as práticas de relaxamento, como o yoga e a meditação, poderão ser uma ajuda no combate a alguns problemas como o stress e a ansiedade.
Apesar de não ser considerado um distúrbio alimentar, isto merece realmente atenção, porque esta atitude pode “treinar” o cérebro para que este associe a alimentação calórica a um alívio da instabilidade emocional. Para além disto, é importante tomar atenção ao nosso interior, pois este é um sinal de que os seus sentimentos se encontram à flor de pele.
Artigo escrito por Patrícia Rodrigues
Artigo revisto por Inês Paraíba
Fonte da foto de capa: nutricaopraticaesaudavel.com
AUTORIA
A área da comunicação foi algo que sempre me apaixonou e por isso, segui esse mesmo caminho. Sou licenciada em Ciências da Comunicação e encontro-me agora no mestrado de Jornalismo. Para além disto, colaboro com a ESCS Magazine ao abordar diversas temáticas que considero interessantes. É um gosto muito grande estar a partilhar histórias, ao mesmo tempo que adquiro e aprofundo conhecimentos.