Max Verstappen, o Bicampeão Mundial
Foi no Japão que Max Verstappen se sagrou bicampeão mundial, aos 25 anos. O piloto neerlandês conseguiu, pelo segundo ano consecutivo, bater a concorrência e levantar o tão desejado troféu. Com um total de 366 pontos angariados, venceu 12 das 18 corridas desta temporada e não deu hipótese de o superarem ao volante do seu Red Bull.
Grande Prémio decisivo
A vitória de Verstappen tornou-se numa sombra do polémico Grande Prémio em casa da Honda. Este foi mais um dos exemplos de como o nome da FIA sai mais uma vez manchado, tendo em contas as suas decisões controversas e incompreensíveis.
Depois de serem mostrados os semáforos verdes, a corrida começou logo de forma atribulada com a imposição de bandeira vermelha, em consequência de vários incidentes. Com um prazo de três horas para a prova ser concluída, faltavam apenas 41 minutos para esse tempo chegar ao fim quando regressaram à pista. Foram então cumpridas apenas 28 voltas das 53 previstas.
Contudo, o caso mais polémico e que teve um maior eco foi o incidente que envolveu Pierre Gasly e um trator em pista. É verdade! Já em bandeira vermelha, com os monolugares a circularem em pista, estava um trator juntamente com um comissário a retirar o carro de Carlos Sainz. O piloto francês mostrou-se revoltado dadas as insuficientes condições de segurança quer para os pilotos quer para os comissários e a fraca visibilidade dado o tempo chuvoso e o spray provocado pelos carros da frente. Gasly lembrou ainda Jules Bianchi, piloto francês que perdeu a sua vida devido a um embate a alta velocidade contra um trator, em 2014, nesta mesma pista. A direção de corrida, liderada pelo português Eduardo Freitas, abriu uma investigação sobre Pierre e decidiu penalizá-lo em 20 segundos por excesso de velocidade. Mais uma decisão contestada por todos!
Já depois de retomada a corrida, Max Verstappen mostrou-se superior e dominou com excelência, mesmo com condições atmosféricas adversas. Charles Leclerc cortou a meta em segundo lugar, porém, na entrada da chicane final do traçado de Suzuka, falhou o ponto de travagem e seguiu em frente. Com a ida do monegasco para terceiro lugar, estavam reunidas as condições suficientes para Max se sagrar campeão já neste grande prémio.
Vitórias ensombradas
Com tantas perturbações na casa da Honda, a confusão foi geral. Por não terem sido cumpridas todas as voltas previstas para este Grande Prémio e as contas inicialmente não darem a vitória a Max, o próprio, mesmo depois de passar a bandeira de xadrez em primeiro lugar, não tinha certezas sobre a sua possível conquista.
Segundo o sistema de pontuação, o piloto da Red Bull não iria receber a totalidade dos pontos. Ainda assim, a resposta para a entrega de estatuto de campeão do mundo pode estar num excerto do regulamento que diz que a distribuição de pontos para corridas mais curtas aplica-se caso a corrida tenha sido retomada, tal como aconteceu.
No início da época adivinhava-se uma luta repartida até ao fim entre Verstappen e Leclerc. Contudo, as falhas mecânicas, os erros do piloto da Ferrari, mas, principalmente, as más escolhas estratégicas e má gestão da equipa italiana comprometeram o que podia ter sido uma hipótese para que Charles se conseguisse manter na luta pelo seu primeiro mundial.
O piloto neerlandês provou ser, esta temporada, o piloto mais consistente, sólido, capaz de fazer frente aos seus adversários e veloz ao volante do seu RB18. Contudo, Verstappen ainda não conseguiu celebrar um campeonato com todo o destaque, já que as suas duas vitórias foram “apagadas” por polémicas.
Fonte da capa: F1 Mania
Artigo revisto por Beatriz Santos
AUTORIA
A paixão pelo desporto foi o que a fez querer escrever para a Magazine. Encontra no desporto, tal como na música, a maior forma de liberdade e aprendizagem. Só precisa de um bom concerto e um bom jogo de futebol para ser a pessoa mais feliz do mundo. Considera-se uma pessoa justa e por isso a imparcialidade estará presente em cada um dos seus artigos.