Ilhas da Biodiversidade na ESCS: Um Ano de Crescimento
No dia 25 de novembro de 2023, no campus da Escola Superior de Comunicação Social (ESCS), em Lisboa, decorreu a plantação de 150 árvores/arbustos de 24 espécies nativas em 50 metros quadrados, nascendo uma micro-floresta urbana ao lado da 2.ª Circular. Um ano depois, o projeto Ilhas da Biodiversidade celebra o seu primeiro aniversário, com sinais visíveis de crescimento e já quase autossuficiente – “O crescimento está acima da expectativa, porque temos plantas a crescer cerca de um metro e meio num ano, o que é muito positivo.” – comenta Vítor Gordo, responsável pelo projeto. Os principais envolvidos no projeto reuniram-se no passado dia 25 de novembro para celebrar o ecossistema que há um ano plantaram.
O Primeiro Ano das Ilhas da Biodiversidade
O projeto realizou-se segundo o método Miyawaki – uma técnica de plantação densa e de rápido crescimento. Através da plantação de árvores nativas em alta densidade, seria possível concretizar um ecossistema autossustentável num espaço pequeno, e assim aconteceu – “Esta é uma das soluções para mitigar as alterações climáticas. É muito fácil de aprender e é muito fácil de ensinar a qualquer pessoa, podendo qualquer um vir a aplicá-la.”, explica Vítor Gordo.
Ao longo deste ano, o cuidado do espaço foi mantido, permitindo um ambiente de crescimento saudável. Mais do que uma simples plantação, o objetivo também se insere numa aposta clara em envolver a comunidade na proteção ambiental e criar consciência sobre a importância de preservar a natureza, mesmo em ambientes urbanos – “Estamos a educar para a sustentabilidade, mas de uma maneira informal. Na nossa escola temos uma ou outra unidade curricular que aborda o tema, mas não temos nenhum curso específico para estas temáticas e, portanto, temos de aproveitar estes momentos para falar com as pessoas e fomentar este interesse pelo que é a sustentabilidade.” – partilha a Professora Claúdia Silvestre, Coordenadora do Conselho Eco-Escolas da ESCS.
A Professora Alexandra David, responsável durante o início desta iniciativa, tem partilhado o projeto das Ilhas da Biodiversidade em diversas conferências – “O projeto foi muito elogiado, por instituições não só do país, como do estrangeiro. Ao divulgarmos este projeto, estamos a divulgar a técnica Miyawaki, que pode ser implementada noutros países, por outras empresas ou instituições de ensino. Uma vez descobertas as plantas autóctones da região, será possível reproduzir a técnica em tantos outros locais.”
O Impacto Ecológico e Académico da Micro-Floresta
Os benefícios subjacentes à criação destas micro-florestas incidem em questões ambientais, tais como o aumento da absorção da água da chuva, a melhoria da qualidade do solo e o aumento da biodiversidade local. Mas também resultam numa melhoria do bem-estar e saúde pública, visto que reduzem as temperaturas nas cidades, ajudam a reduzir substancialmente o ruído e promovem locais naturais e serenos, que nos oferecem um desenvolvimento cognitivo e emocional positivo. “Se num meio urbano tivermos pequenas ilhas em vários sítios, elas podem conseguir ajudar a melhorar a vida da cidade e a vida das pessoas que podem ter contacto com essas ilhas.” – expõe Vítor Gordo.
Um dos aspetos mais significativos das Ilhas da Biodiversidade foi o envolvimento direto da comunidade académica da ESCS e a integração de outras instituições, como a Noesis e a Valorsul, destacando a importância de parcerias na implementação de iniciativas ambientais de sucesso – “Foi muito interessante todo aquele convívio que houve quer entre as pessoas da ESCS, com alguns familiares, quer com pessoas dos outros sítios, da Noesis e da Valorsul.” – expressa a Professora Claúdia Silvestre, sendo Vítor Gordo da mesma opinião: “Recordo a comunhão das pessoas nesse dia, de estarmos todos juntos a plantar, de poderem ter vindo crianças também.”
Um Futuro Mais Verde
À medida que o projeto Ilhas da Biodiversidade continua a crescer, a esperança é que ele inspire mais pessoas a valorizar e a proteger a biodiversidade. Este projeto não é apenas um símbolo de esperança, mas uma prova concreta de que, quando nos unimos em prol de um objetivo comum, podemos fazer a diferença. Esperamos que este projeto continue a inspirar futuros líderes a seguir pelo caminho da sustentabilidade.
Fonte da capa Madalena Ribeiro
Artigo corrigido por Matilde Gil
AUTORIA
A Madalena está no último ano da licenciatura em Audiovisual e Multimédia. Antes disso, já esteve em Engenharia Mecânica e em Relações Públicas. Tudo tem algo de interessante para a Madalena, o que faz com que queira aprender sobre tudo, por isso, também ser Redatora na ESCS Magazine, pelo seu gosto e interesse pela escrita. E a seguir a Audiovisual e Multimédia? Com certeza que irá aprofundar mais algum dos seus variados gostos... será Biologia? Música? Cinema?