The Avengers – Age of Ultron
Antes de proceder à crítica do filme, tenho que admitir que nunca me fascinei por filmes de super-heróis (tirando, talvez, The Dark Knight) e que nem me entusiasmei da primeira vez que os Avengers chegaram às salas de cinema do país. Contudo, passados três anos desde a sua estreia, decidi ver o primeiro filme da saga e acabei por me surpreender com a energia e acção transmitida ao juntarem os maiores heróis da Marvel, deixando-me com grande expectativa e entusiasmo para a sequela.
Pois bem, os Avengers (ou Vingadores, como preferirem) estão de regresso em mais um filme repleto de emoção, mistério e muita, muita acção, enfrentando um vilão mais problemático e caótico do que Loki – trata-se de Ultron, um robot que nasceu fruto de uma experiência mal sucedida feita por Tony Stark e Bruce Banner e que se considera uma força poderosa destinada a salvar o Planeta, pondo fim à raça humana para tal.
A narrativa é repleta de acção e abre de rompante com o combate dos Avengers em Sokovia contra a Hydra de Baron von Strucker, uma forma excelente de despertar o nosso interesse e sentir as emoções à flor da pele.
A interacção das personagens ajuda na fluidez da história, como, por exemplo, nos pequenos diálogos durante as lutas contra o exército de Ultron, suavizam um pouco o cenário de “pancadaria” e enaltecem a união entre os heróis. Além de pautar o ritmo, a interacção desenvolve alguns traços caracterizantes das personagens e que servem de ponte para futuras produções do universo da Marvel, caso da história romântica de Bruce Banner com Natasha Romanoff e da rivalidade de Steve Rogers (Capitão América) e Tony Stark (Homem de Ferro), que vai atingir a sua plenitude em Capitão América: Guerra Civil, a estrear em 2016.
Os efeitos visuais estão bem conseguidos apesar de, por vezes, ser difícil distinguir os protagonistas quando estes combatem todos juntos. No entanto, por não querer ser picuinhas neste aspecto, é algo a que dou pouca importância, uma vez que captei aquilo que o realizador Joss Whedon pretendeu que o público entendesse e porque a mensagem da história não se limita somente às cenas de acção.
Apenas me falta mencionar a nova adição da equipa dos Avengers – Vision, mais um robot que se junta ao lote de personagens desta saga cinemática e que chega na altura crucial para poder derrotar Ultron e destronar as suas pretensões que considerava heróicas. Fica aqui provado que o verdadeiro robot herói e salvador é mesmo o recém-chegado à equipa dos Vingadores, ele sim conseguiu devolver a paz ao planeta Terra.
Mas, apesar da premissa da existência de um elemento robótico em cada um dos lados oponentes ter funcionado bem ao trazer coerência à narrativa, acho que a presença de um certo herói aracnídeo teria causado outro impacto, visto que a sua participação na Era de Ultron chegou a ser falado. Para já há que continuar à espera que chegue o dia que se junte a esta equipa.
Em conclusão, The Avengers – Age of Ultron é um bom filme, praticamente ao nível do primeiro, cujos pontos negativos são escassos. Deixa-nos um final em aberto, como é hábito nos filmes de super-heróis, que fomenta a nossa curiosidade e nos deixa fortemente entusiasmados e a fazer uma contagem decrescente para as seguintes produções da Marvel. Para já, abriu o apetite para 2018, data prevista para o lançamento de Infinity War, a sequela de Age of Ultron.