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Bullying sem prevenção à vista

Surgiram, nestas duas semanas, dois novos casos mediáticos relacionados com o bullying em Portugal. O primeiro surgiu através do programa “Ídolos”, produzido pela Endemol para a SIC, onde um jovem foi ridicularizado pelo seu tamanho de orelhas. O segundo caso foi conhecido nesta terça feira, apesar de ter ocorrido há cerca de um ano: um jovem da Figueira da Foz foi rodeado num espaço público fora da escola e foi esmurrado e bofeteado por várias raparigas durante cerca de 15 minutos registados em vídeo.

Estes casos põem à vista um problema que está fora de controlo em Portugal. Nem a polícia nem a própria Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) se arriscam a confirmar números, uma vez que muitos dos agredidos se mantêm em silêncio. Certo é que os casos se vão sucedendo sem que haja uma verdadeira estratégia de prevenção do bullying nas escolas. Da parte do Ministério da Educação e Ciência não existe, até agora, uma adaptação dos currículos escolares de modo a que se possam discutir assuntos deste género em ambiente de sala de aula, nem a intenção de desenvolver qualquer campanha no meio escolar como forma de prevenção deste tipo de violência.

Os casos que vêm a público são potenciados pelo alcance das redes sociais na sociedade e tornam-se mediáticos graças ao buzz que geram neste tipo de sites. O jovem que viu a sua imagem modificada no programa “Ídolos” foi capa do Correio da Manhã dois dias seguidos e ameaça agora processar a produtora e a estação. Já no caso da Figueira da Foz soube-se esta quarta que a Polícia Judiciária e a CPCJ já tinham identificado os menores envolvidos, poucas horas depois da publicação do vídeo nas redes sociais. O vídeo esse contou com mais de 1 milhão de visualizações, potenciando o mediatismo associado ao caso.

AUTORIA

Vem da terra que tem "vinhos" no nome, mas nunca ganhou o concurso da Miss Vindimas. Nem queria, não fiquem com ideias! Não passa mais tempo na ESCS porque os transportes não lhe permitem, mas, para não ter muitas saudades, faz questão de levar trabalho de casa! Acredita que já suou mais no primeiro ano por causa dos núcleos do que aquilo que espera vir a suar nestes 3 anos por causa do curso de jornalismo. Tem uma paixão pela rádio e pela ESCS, felizmente não têm ciúmes uma da outra!