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Acordo alcançado: as emissões de gases de efeito de estufa vão ser reduzidas

Quase 200 países chegaram hoje a acordo em Kigali, capital do Ruanda, para a redução de hidrofluorcarbonetos (HFC). Acordo permite cumprir metas estabelecidas na Conferência de Paris, realizada no ano passado.

Representantes de cerca de 200 países, entre os quais os Estados Unidos da América, a China ou a Índia (o país mais poluidor do mundo), chegaram hoje a acordo para a redução faseada da emissão de gases de efeito de estufa, os chamados hidrofluorcabonetos ou HFC, usados maioritariamente em frigoríficos ou ares condicionados. A importância desta medida relaciona-se com o poder que estes gases têm na camada do ozono e pelo desgaste que exercem na mesma, desde meados da década de 80 – calcula-se que os HFC sejam mil vezes mais potentes e agressivos do que o dióxido de carbono.

Desta forma, o documento assinado na cidade africana de Kigali, capital do Ruanda, é considerado “um monumental passo em frente” e “uma grande vitória para o planeta Terra”, palavras de John Kerry, secretário de Estado norte-americano, “peça” essencial para a assinatura do acordo.

Baseado na Conferência Ambiental de Paris – a COP 21 –, realizada no ano passado, e no Protocolo de Montreal, ratificado em 1987, o acordo de Kigali vai funcionar como uma emenda a estes dois documentos, corrigindo lacunas e principalmente exercendo uma maior fiscalização ao cumprimento das metas. Ao contrário da COP 21, o documento assinado este sábado prevê a aplicação de sanções para os países que não cumpram os seus compromissos. Também como dado fundamental do acordo, é a promessa de que os países mais ricos devem ajudar a financiar a transição dos mais pobres para produtos alternativos aos HFC.

A União Europeia já se pronunciou sobre o acordo alcançado, pela voz do comissário Miguel Arias Canete, que afirma que “com esta grande vitória para o clima, o acordo pode eliminar até meio grau de aquecimento até ao final do século”.

As primeiras metas foram estabelecidas para os países mais ricos, sendo as mesmas obrigatórias a partir de 2019.