Cerca de 34 anos depois, o PAOK voltou a ser campeão na Grécia. Foi longa a espera, mas eis que os adeptos da equipa de Salónica puderam, novamente, festejar o tão aguardado título.

Admito que nunca acompanhei com muita atenção o campeonato grego e, principalmente, a equipa do PAOK, mas dois fatores despertaram o meu interesse. Primeiramente, o jogo diante do Benfica a contar para o play-off de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. Na altura, as águias venceram a eliminatória com um total de 5-2 no conjunto das duas mãos. Após ter visto os dois encontros, fiquei com a sensação de que o PAOK teria bastantes dificuldades em afirmar-se esta época. No entanto, provei mais tarde que estava enganado, mas já lá vou.

O segundo fator tem a ver com a presença portuguesa na equipa. Vieirinha e, mais tarde, Sérgio Oliveira representaram as cores lusas no campeonato e acho sempre importante ir acompanhando a prestação dos jogadores portugueses.

A seguir à eliminação da liga milionária, o PAOK continuou a sua prestação europeia na Liga Europa. Na segunda competição de clubes mais importante da Europa, a equipa grega apenas venceu um encontro no seu grupo (Chelsea, Bate Borisov e Videoton), ficando, na minha opinião, muito aquém do esperado. Afastado das competições europeias, o PAOK virou as atenções para títulos internos, e que bem que lhe fez.

O PAOK saltou na, 5º jornada, para a frente do campeonato e de lá não saiu. Foram 25 jornadas na liderança. Nos 30 jogos que realizou, a equipa de Vieirinha e Sérgio Oliveira não somou qualquer derrota, algo que, a nível europeu, é impressionante e só está ao alcance das melhores equipas do mundo.

No final do campeonato, a festa fez-se em Salónica, mas os festejos não ficaram por aqui. Cinco dias depois, o PAOK conquistou a Taça da Grécia, conseguindo, desta forma, a dobradinha.

O PAOK surpreendeu os adeptos do futebol (eu incluído). A equipa grega provou que as contas só se fazem no final da época. Resta saber se terá capacidade para conquistar mais títulos ou se os adeptos do clube terão que esperar mais 34 anos para ver a sua equipa campeã.
Artigo revisto por: Joana Silvério

Artigo revisto por: Joana Silvério