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Governo com horas contadas num debate marcado pelo silêncio de Costa

Ao longo de mais de seis horas, o Governo apresentou o programa para a XIII Legislatura. O debate acabou por ser interrompido quando passavam poucos minutos das nove horas da noite para ser retomado nesta terça de manhã.

O debate da tarde desta segunda centrou-se mais na legitimidade da coligação de direita, formada por PSD e CDS, do que no próprio programa de governo que esteve a debate. À esquerda surgiram críticas a um governo que pretende continuar com a austeridade, à direita falou-se em jogos de bastidores que procuram derrubar um governo democraticamente eleito. Passos rematou dizendo que se “tivesse perdido as eleições não estava sentado” onde está; numa clara alusão ao acordo de esquerda, o líder parlamentar dos Socialistas, Carlos César, respondeu com um “o PS não procurou nem deseja o governo a qualquer custo”.

Uma das questões da tarde desta segunda-feira foi o silêncio de António Costa. “António Costa multiplica-se em declarações e em entrevistas televisivas, mas, hoje, perante o primeiro-ministro, esconde-se atrás dos membros da sua direcção parlamentar”, disse o deputado do PSD Carlos Abreu Amorim. A resposta de Costa surgiu quando este abandonou o hemiciclo: “As bancadas do PSD e do CDS dão razão aos que dizem que este debate com o primeiro-ministro é uma perda de tempo” porque o que querem é debater consigo.

A votação da prometida Moção de Rejeição, o documento levado a votação na Assembleia e que tem capacidade de rejeitar a entrada em funções de um governo constitucional, está marcada para amanhã. Estão prometidas três moções de censura, vindas do PS, BE e PCP. Já o PAN ainda não anunciou a sua intenção de voto, mas não é relevante para o resultado final; a moção tem aprovação garantida. Depois deste processo segue-se uma nova indigitação, a palavra que define a nomeação de um político para um cargo, que pode ser feita a António Costa, líder socialista e a cara do acordo da esquerda, ou a outra personalidade da sociedade civil.

AUTORIA

Vem da terra que tem "vinhos" no nome, mas nunca ganhou o concurso da Miss Vindimas. Nem queria, não fiquem com ideias! Não passa mais tempo na ESCS porque os transportes não lhe permitem, mas, para não ter muitas saudades, faz questão de levar trabalho de casa! Acredita que já suou mais no primeiro ano por causa dos núcleos do que aquilo que espera vir a suar nestes 3 anos por causa do curso de jornalismo. Tem uma paixão pela rádio e pela ESCS, felizmente não têm ciúmes uma da outra!