Carta ao Pai Natal
18 de Dezembro de 2015, Lisboa
Querido Pai Natal,
Tudo estava a correr bem lá na Assembleia. Eu e o meu BFF Pedrinho estávamos a ganhar muito boas notas graças ao Orçamento de Estado para 2015. Os nossos coleguinhas tinham inveja do nosso projeto “Portugal à Frente”, mas não fazia mal, porque o Professor Aníbal gostava mais de nós.
Depois chegou o nosso novo coleguinha, o Toninho, e eu e o Pedrinho tentámos ser amigos dele. O Pedrinho até lhe cantou a música “Amigos Para Sempre”, que costumava cantar para mim, mas o Toninho não quis ser nosso BFF e tirou-nos o lugar. O Professor Aníbal ainda o tentou castigar, obrigando-o a responder a seis perguntas muito difíceis, mas o Toninho fez uma redação muito bonita e conseguiu safar-se. Agora o Toninho está sentado na cadeira que era minha e do Pedrinho e tem não um, nem dois, mas sim três BFF’s: a Catarina, o Jerónimo e a Heloísa, que já era BFF do Jerónimo. Isto é muito injusto, porque eu só tenho o Pedrinho e o Pedrinho só me tem a mim! Fazia-nos muita falta um novo BFF para nos apoiar…
Sem a amizade do Toninho, eu e o Pedrinho ficámos muito tristes, porque deixámos de mandar lá na Assembleia e já ninguém quer saber de nós. Por isso, eu e o Pedrinho decidimos que também precisávamos de um novo BFF, que gostasse de andar connosco e servisse para ganhar maiorias absolutas. Como o Toninho tem três BFF’s, nós queríamos um BFF assim grande e bom, que é para equilibrar. De preferência, que seja um BFF que venha a escrever com a mão direita, para não ter defeito, nem nos dar problemas.
Espero que o Pai Natal nos consiga realizar este desejo natalício, trazendo-nos esse grande BFF lá para a Assembleia. E que o Toninho fique com muita inveja do nosso novo amigo.
Um grande abraço do seu grande admirador,
Paulinho Portas