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J.J. Abrams

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Jeffrey Jacob Abrams nasceu em Nova Iorque no dia 27 de Junho de 1966. Aos dez anos pediu uma Super 8, uma câmara de filmar, ao seu avô materno para que pudesse contar histórias através de filmes. Nunca desistiu desta paixão e agora, com 49 anos, J.J. Abrams é um dos realizadores mais bem-sucedidos na indústria

Realizador talvez seja uma forma muito diminuta de o descrever. J.J. não tem limites: é guionista, produtor, ator e compositor. Para além disso, nunca se limitou ao grande ecrã, tendo desenvolvido várias séries para televisão.

O fundador da companhia de produção Bad Robot Productions tem no seu currículo séries como Felicity, Alias, Fringe e Lost e filmes como Mission: Impossible III, Star Trek, Super 8, Star Trek Into Darkness. Mais recentemente aceitou escrever e realizar Star Wars: The Force Awakens.

O primeiro filme que vi de J.J. Abrams foi Super 8, um filme com tom autobiográfico, que presta homenagem a dois realizadores que J.J. admira desde criança: Steven Spielberg (que, aliás, é um dos produtores do filme) e George Lucas. Estes ainda hoje estão presentes na sua vida, Spielberg como seu mentor, Lucas como seu antecessor na franquia Star Wars.

Abrams aprendeu com os seus ídolos a não menosprezar as personagens, que são tão fascinantes como qualquer efeito especial, e isto distingue-o dos outros. Quando vemos um filme dele, não é apenas mais um filme: é quase tão bom como os clássicos E.T., Close Encounters e claro… Star Wars.

Este último é muito importante na carreira de J.J. Abrams. Os filmes de George Lucas inspiram-no tanto que quando lhe foi dada a oportunidade de colaborar na criação e realizar um novo filme para a franquia, recusou. Na altura disse ser fiel a Star Trek, que tinha realizado, mas que, como também era fã do trabalho de George Lucas, preferia ser apenas um espectador.

Esta é a altura do artigo em que confesso a minha admiração por Jeffrey Jacob Abrams: acho que não havia pessoa mais indicada para o papel do que ele. Como admirador, conhece o Universo e irá manter-se fiel a ele, mesmo com a introdução de uma nova história. Por outro lado, como guionista/realizador, sabe qual é o ingrediente fundamental para produzir clássicos: as personagens.

Mas o que mais admiro é o quanto adora mistério. Revejam os trailers dos seus filmes; há uma coisa comum a todos: não revelam praticamente nada do enredo do filme. Numa indústria que está habituada a criar trailers demasiado reveladores, este homem rema contra a maré.

Quero agradecer publicamente a J.J. Abrams por manter viva a magia de ir ao cinema! O cuidado que tem em esconder a história garante que os espectadores saiam do cinema surpreendidos. Mas acima de tudo garante que entrem na sala de cinema!

O rapaz de dez anos que filmava com a sua Super 8 continua a fazer o que sempre quis: contar histórias. Conquistou o respeito e admiração dos seus pares e do público, mas permanece humilde e apaixonado por aquilo que faz.

J.J. Abrams é o eterno contador de histórias e mal posso esperar pelos próximos capítulos. Algo me diz que serão fantásticos!

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