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Conferência “The Role of Zero Waste Combating the Plastic Plague”

A ESCS organizou, na semana de 6 a 9 de maio, um conjunto de conferências dedicadas às eleições Europeias. Para ajudar a combater a abstenção e incitar à participação dos alunos, a ESCS criou a “Semana Europa”, consciente da importância que os meios de comunicação social têm para o tema.

Uma destas conferências, dentro do tema #EU também me preocupo (ambiente), foi a de dia 8 de maio, dada pelo capitão e oceanógrafo Charles Moore, no Auditório Vítor Macieira. Esta focou-se no uso excessivo do plástico, quais as suas consequências e como o evitar. 

No início da conferência foi mostrado um vídeo onde alunos eram questionados acerca das alterações climáticas, da falta de informação sobre o ambiente e, por fim, de como poderiam ajudar mais o ambiente. A palestra teve como principal objetivo o fomento da responsabilidade individual para com o ambiente.

Charles Moore criou a fundação Algalita Marine Research and Education após encontrar uma ilha de plástico no norte do Oceano Pacífico, cujo tamanho é dezassete vezes maior do que o de Portugal. Alertando para o problema da acumulação do plástico no oceano, o oceanógrafo norte-americano apelou à alteração urgente das prioridades de cada um no que toca à consciencialização ambiental. Ao contrário do vidro e do metal, o plástico não é totalmente reciclável. Quanto mais tempo fica no oceano, mais o polui: um caminho sem volta e, até agora, sem solução aparente. Contudo, não são escassas as tentativas de a conseguir.

Fotografia de Mariana Coelho

A fundação Algalita tem feito esforços no sentido de desenvolver um mecanismo que limpe os oceanos. Para já, têm apostado na manta trawl, uma máquina cuja entrada se assemelha à boca de uma raia, com um tubo que suga e filtra a sujidade. Este dispositivo não só retira alguma quantidade de plástico, como, mais tarde, contribui para a investigação científica em torno do mesmo.

Quem assistiu à conferência ficou ciente de que existe um milhão de espécies em extinção graças ao ser humano, que, nesta altura do campeonato, já comprometeu os recursos necessários para a sobrevivência. Outro tema abordado foi o facto de as economias modernas usarem o plástico de uma maneira excessiva, sem apresentarem quaisquer planos para diminuir esse desperdício. 

Segundo Charles Moore, vivemos hoje na “Age of Plastic”. O material do qual hoje estamos dependentes mata mais animais do que as mudanças climáticas. A diversidade das espécies está em risco, numa altura em que o plástico passou a fazer parte da ementa dos peixes. 

A chave é reduzir, evitar necessidades supérfluas e diminuir o consumo. Há que existir, acima de tudo, uma maior prevenção, controlo e limpeza. Se não forem efetuadas mudanças drásticas, prevê-se que, a meio do século, o oceano seja metade plástico e metade peixes. 

Revisto por: Ana Margarida Patinho 

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