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Pedro André Esteves: “A ESCS preparou-me da melhor maneira a nível prático”

Pedro André Esteves terminou a licenciatura em Jornalismo, na ESCS, em 2014. A escolha do curso residiu na componente prática oferecida e no “poder fazer, poder experimentar.” Desde então, é jornalista na RTP1.

Pedro André Esteves foi um dos muitos convidados das atividades organizadas pela ESCS Magazine e pelo Oitava Colina durante a edição deste ano da Futurália. 
Fonte: Número F

No secundário, ingressou em Ciências e Tecnologias. Arrepende-se de ter tido matemática até ao 12º ano, pois foi “uma chatice”. Ainda que num agrupamento mais afastado, sempre gostou de Comunicação, em particular da área televisiva. “O jornalismo foi surgindo”, explica, tal como o interesse pela política, o que o leva a desenvolver jornalismo político, atualmente, na RTP1. Ouviu muitas vezes o clássico: “não sigas jornalismo, vais para o desemprego. Não vale a pena.” No entanto, o seu percurso mostraria que não é bem assim. 

Durante a estadia na ESCS, esteve na EscsFM, onde ficava voluntariamente até às onze da noite, mesmo tendo apenas dois ou três ouvintes. Criou uma rubrica de entrevistas a alunos – o ESCSITO -, em que, com meia dúzia de perguntas, fazia um perfil rápido de pessoas. Criou também o programa Adão e Eva, uma “guerra dos sexos”. Passou pelos noticiários e chegou a ser diretor de programas, um cargo “muito burocrático”. Foi apresentador do E2, tendo ainda passado pela ESCS MAGAZINE. A experiência nos núcleos foi “uma grande mais valia”, pois ensinou ao jornalista muito daquilo que é trabalhar em equipa e ajudou-o a lidar com imprevistos. “Comecei a trabalhar logo que acabei a universidade e a ESCS ajudou-me a ter essas competências”. 

Em maio, a pouco mais de um mês de acabar o curso, fez um casting para a RTP1. De 60 pessoas ficaram cinco e Pedro foi uma delas. “Os das outras faculdades sabiam muito bem a teoria, mas não o resto.” Segundo ele, “os núcleos fizeram com que o casting corresse bem”. Foi colocado em setembro e permanece na estação televisiva até aos dias de hoje. 

Pedro André Esteves durante a cobertura do Festival Eurovisão da Canção 2017, em Kiev, na Ucrânia. 
Fonte: escs.ipl.pt

Questionado acerca de qual o melhor momento do seu percurso, até à data, na RTP1, responde sem hesitar: “a reportagem da Eurovisão de 2017”. Esteve uma semana em Kiev, na Ucrânia, onde se realizou o festival no ano em que a vitória foi portuguesa. A única reportagem que fez fora do país foi para si inesquecível. Recorda as inúmeras entrevistas que realizou a Salvador Sobral – o vencedor – e o momento em que se descobriu tal resultado: “O entusiasmo era grande, tal como a vontade de estar aos pulos, mas, como jornalistas, não podíamos.” Ainda assim, acredita que o melhor está para vir, que “a melhor reportagem ainda está para vir.”

Quanto à dificuldade em arranjar emprego na área do Jornalismo, responde: “Há emprego, mas será que as pessoas estão dispostas a dedicarem-se a 100%?”. Para ele, é imperativo não desistir e apresentar ideias. Há que querer fazer e manter a positividade. “Tens de abdicar de muita coisa no jornalismo. É cansativo, mas compensa.” 

Artigo revisto por Vitória Monteiro

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