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Donald Trump quer reconhecer Jerusalém como capital de Israel

A Casa Branca anunciou terça-feira que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai comunicar a decisão de considerar Jerusalém como a capital de Israel e transferir para esta cidade a embaixada norte-americana.

«Não vou dar detalhes sobre as declarações do Presidente, na quarta-feira. Tomará a decisão que considera melhor para os Estados Unidos», afirmou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, em conferência de imprensa. A comunicação será feita na quarta-feira à tarde.

Donald Trump deverá assim cumprir uma das promessas eleitorais e reconhecer Jerusalém como capital de Israel, para onde vai transferir a embaixada, instalada atualmente em Telavive.

O processo deverá demorar cerca de quatro anos, uma vez que é necessário encontrar um local seguro para construir o edifício da embaixada, que conta com mais de mil funcionários.

Já esta quarta-feira um responsável da administração norte-americana garantiu que «o presidente vai reconhecer Jerusalém como a capital de Israel», e que vai avançar para o «reconhecimento de uma realidade» histórica.

Donald Trump deu a notícia através de telefonemas. Falou com o presidente de França, Emmanuel Macron, com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas e com o rei da Jordânia, Abdullah II.

Os líderes árabes tiveram uma reação imediata e mostraram-se contra a mudança.

O lado oeste pertence a Israel desde que o país foi criado em 1948. Mas a parte leste, onde a população é predominantemente árabe, foi ocupada por tropas israelitas durante a guerra, em 1967.

O porta-voz do presidente da Autoridade Palestina disse que a decisão fere a lei internacional e pode significar o fim do processo de paz na região. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, alertou que o país pode quebrar as relações diplomáticas com Israel se os Estados Unidos reconhecerem Jerusalém como a capital israelita.

A representante da União Europeia para as Relações Externas afirmou que qualquer ação que implique a criação de dois estados independentes para israelitas e palestinos deve ser completamente evitada.

Vários grupos militantes palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia já convocaram protestos.

Se a mudança acontecer, a embaixada americana deve permanecer em Telavive pelo menos por mais seis meses.