António Guterres foi esta tarde de quinta feira aclamado, por unanimidade dos 195 países que fazem parte do Conselho de Segurança da ONU, novo secretário-geral das Nações Unidas.
A notícia chegou num dos dias mais importantes para o país. O 5 de outubro de 2016, que voltou a ser feriado em Portugal, fica para a história como o dia em que António Guterres ganhou a sexta votação para secretário-geral da ONU. O ex primeiro ministro português conseguiu angariar 13 votos de encorajamento e duas abstenções por parte dos membros do Conselho de Segurança (CS) na votação desta quarta feira.
Por unanimidade, e um dia depois da votação, o português foi aclamado secretário-geral da ONU, cargo que passará a ocupar a partir de 1 de janeiro de 2017, sucedendo ao sul coreano Ban Ki-moon.
Nas cinco votações anteriores, que tiveram início em julho, o candidato português foi sempre apontado como o favorito ao ficar à frente dos seus adversários.
Numa declaração de agradecimento realizada nessa tarde no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa, o português exprimiu gratidão e humildade para com a sua nomeação.
Com um grande conhecimento sobre a Organização, Guterres desempenhou entre 2005 e 2015 o cargo de Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). Em fevereiro deste ano apresentou a sua candidatura ao mais alto cargo das Nações Unidas.
São vários os problemas e questões na atual agenda das Nações Unidas. Guterres continuará a lidar com a crise dos refugiados, tema que conhece muito bem devido à experiência no ACNUR, mas não só: a insegurança mundial provocada pelo terrorismo, os radicalismos religiosos e as alterações climáticas são alguns dos desafios impostos ao português com o mais alto cargo de sempre.