Há 62.297 estudantes com acesso a bolsas de estudo no ensino superior. Valor que cresceu relativamente ao ano letivo anterior em cerca de 11.693 beneficiários. Os dados revelados pela DGES, Direção Geral de Ensino Superior, mostram que a alteração feita no regulamento de atribuição de bolsas no início do ano letivo permitiu que mais de 62 mil alunos tivessem acesso às bolsas de ação social no ensino superior.

O aumento do número de alunos com bolsa deve-se às novas regras na atribuição de bolsas de ação social para alunos do ensino superior. A alteração do limiar do rendimento per capita do agregado familiar em 69 euros mensais permitiu o acesso de milhares de alunos a bolsas escolares. Quer-se com isto dizer que jovens cujas famílias apresentem rendimentos entre os 489 e os 558 euros mensais per capita passam a ter acesso a bolsas de estudo.

Estima-se que até ao final do ano haja cerca de 72 mil bolseiros. Caso este valor se confirme passarão a ser mais 8000 os estudantes com apoio, o que permitirá que o sistema de acção social no ensino superior ultrapasse os 70 mil beneficiários, o que já não acontece desde 2010.

De um total de 89.682 processos submetidos, 58.008 já foram aprovados e 3882 ainda estão por analisar.

O Ministério das Ciências e Tecnologias do Ensino Superior pretende aumentar o valor das bolsas de estudo pagas a estes estudantes. Segundo consta nas Grandes Opções do Plano, divulgadas antes do Orçamento de Estado e inscritas no programa de governo, pretende-se “reforçar a Ação Social Escolar direta, através do aumento do valor das bolsas de estudo e do número de estudantes elegíveis e da ação social indireta com a transferência do financiamento público adequado às universidades e politécnicos para assegurar serviços de alimentação, alojamento e transportes”. Todavia, quanto a medidas concretas o ministro Manuel Heitor não fez nenhum esclarecimento.