Duas bases iraquianas com forças norte-americanas foram atingidas na madrugada de quarta-feira (terça-feira em Portugal continental), confirmou o Pentágono. Ainda não se sabe se houve vítimas. O presidente dos Estados Unidos já reagiu aos ataques.

Trata-se da primeira retaliação iraniana à morte do general Qassem Soleimani, assassinado na sexta-feira após um ataque aéreo ordenado por Trump em Bagdad. Foram lançados 22 mísseis balísticos contra duas bases iraquianas – a de al-Asad, a noroeste de Bagdad, e a de Erbil, no Curdistão iraquiano. Ambas têm forças norte-americanas. Ainda é incerto se os mísseis que saíram de território iraniano provocaram vítimas.

O líder supremo iraniano, o ayatollah Ali Khamenei, afirmou que o ataque de mísseis balísticos foi um “estalo” nos norte-americanos: “Estas ações militares não satisfazem. O importante é acabar com a presença norte-americana” no Médio Oriente.

A primeira reação de Donald Trump aos ataques decorreu no Twitter: “Está tudo bem! Foram lançados mísseis do Irão contra duas bases militares localizadas no Iraque. Está a decorrer a avaliação das vítimas e danos ocorridos até agora. Por enquanto, tudo bem! Temos, de longe, as mais poderosas e bem, equipadas forças armadas do mundo! Farei uma declaração amanhã de manhã”.

A televisão estatal iraniana transmitiu que não teria havido vítimas, reforçando que “80 terroristas norte-americanos” foram mortos (o Irão classificou as forças armadas dos EUA como terroristas) e que equipamento militar norte-americano ficou “severamente danificados”.

Trump fez um comunicado às 16h de Portugal continental, anunciando que os Estados Unidos vão impor “fortes sanções económicas” contra o Irão, pelo que a resposta de Washington não será militar. Disse ainda que o ataque iraniano “não parece ter feito vítimas” entre os militares norte-americanos e iraquianos.

Quanto ao armamento nuclear, Trump declarou que, enquanto for Presidente dos Estados Unidos, “o Irão nunca terá armas nucleares”. “A vossa campanha de terror não vai mais ser tolerada”, exclamou. Além disto, mencionou um possível novo acordo com o Irão sobre o seu programa nuclear. As “novas poderosas sanções” perdurarão até que o país “mude as suas políticas”.