Música

“Isto é ORTEUM” de regresso à capital

Os ORTEUM atuaram esta sexta-feira, dia 19 de novembro, no Musicbox, em Lisboa. O concerto contou com a participação de Bambino, na parte de abertura, e a aparição surpresa de Tom – rapper de Almada – que colabora com os ORTEUM em algumas músicas. No scratch esteve o DJ Ketzal para complementar este conjunto da Raia Records.

Fonte: Youtube

Na abertura, a acompanhar Bambino, esteve o Bdjoy MC a fazer as backs. O agora membro dos Vibration Mattersjá colaborou com Bambino em projetos como The Recordie Show, onde se apresentavam como Afrobelix e Robert De Negro, respetivamente.

Fonte: Sebastião Santana

Além de sons dos álbuns Perdidos e Hashados (2016), Última Gota (2019) e um do Sem Tirantes (2020), o público presente teve a oportunidade de ouvir em primeira mão duas faixas inéditas: uma delas dos ORTEUM e outra de Bambino com Tom.

Este concerto marcou o regresso da crew composta por Tilt, Mass e Nero aos palcos do centro da capital. Uma das vantagens de ter sido realizado numa sala pequena como a da Musicbox foi, precisamente, a proximidade entre público e artistas que beneficia sempre o espetáculo.

Apesar de ter sido num bar da popular rua cor-de-rosa, o que se passou lá dentro foi tudo menos isso. As raízes do rap sobressaíram desde logo com a energia de Bambino, aka Madnigga, um dos pioneiros do género no país. O veterano aqueceu o ambiente e os ORTEUM souberam mantê-lo bem vivo.

Fonte: Sebastião Santana

Se dúvidas houvesse, estas noites mostram que ainda há espaços para a cultura de nicho em Portugal. Ainda há quem não se venda às grandes editoras e continue a fazer a música que sempre fez. E com isto, tenho de citar:

“Alguns vieram por sentir, outros vieram para parecer” – verso de Mass, na música Indigesto.

No final do concerto, os ORTEUM aproveitaram para vender algumas cópias dos dois últimos álbuns e confraternizar com o público.

O evento decorreu dentro de todas as normas relativas à COVID-19, com a obrigatoriedade de apresentar o certificado de vacinação à porta do estabelecimento.

Fonte de capa: Sebastião Santana

Revisto por Catarina Peixe

AUTORIA

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Juntou-se à secção de Música na ESCS Magazine para poder escrever sobre os sons que tanto o arrepiam. Traz uma visão ampla sobre a nova escola do “hip-hop tuga underground” - o estilo que se propõe a acompanhar com maior regularidade. Procura distanciar-se dos artistas mais comerciais e focar-se em nomes menos sonantes, que merecem o devido reconhecimento.