Artes Visuais e Performativas

Memórias partilhadas

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Todos nós partilhamos memórias: tristes, felizes, daquelas que guardamos em armários e trancamos à chave e em gavetas que de tempos a tempos se abrem. Isto somos nós, pessoas. Mas quem disse que os objectos também não nos podem dar qualquer coisa para mais tarde recordar?

No Teatro D. Maria II surge a peça “Memórias partilhadas”, sob a forma de três monólogos que nos contam as histórias de objectos que têm muito para partilhar. Com textos de Abel Neves, Peter Cann e Therese Collins, e encenação de Steve Johnstone, os actores Abel Duarte, Eduardo Correia e Paulo Duarte dão vida às histórias de três objectos: uma carteira, um lápis e uma almofada.

A carteira de uma pessoa diz muito sobre ela. A sua escolha, ainda mais. Anna tem um fascínio por carteiras ao ponto de, depois de terem roubado a sua, começar a coleccionar carteiras que rouba sem que ninguém se aperceba. Malas chiques, a seu ver. No entanto, não consegue abrir a mala da sua falecida mãe. O que será que diria esta carteira em especial?

Seguidamente vem o lápis, tomado como uma poderosa arma com a qual se pode desenhar o mundo. Para Delfim, o lápis pode transformar-se em tudo aquilo que quisermos, se pensarmos convictamente e de olhos fechados. Mas esta transformação ocorre apenas na cabeça do desvairado rapazinho…

Por fim, a almofada, que parece separar Adão e Fábio, dois amigos inseparáveis até que um deles se apaixona. A partir daqui tudo muda. Adão, o amigo deixado para segundo plano, oferece a Fábio uma almofada de penas de cuco que o faz ter pesadelos demasiado reais. Será este presente envenenado apenas vingança?

 

AUTORIA

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A Ana e a Luísa são duas personalidades distintas numa só rapariga: a bailarina e a aspirante a escritora. Às vezes juntam-se ambas e nascem sublimes risos no papel. No caso de se chatearem, é favor de manter longe delas quaisquer sapatilhas ou folhas em branco.