Murder Mystery: Quem matou o milionário?
Uma viagem de lua de mel que tinha tudo para correr bem, mas alguém morre e é preciso deixar o romance de lado e procurar o assassino.
Nick Spitz, um polícia que se faz passar por detetive, prometeu à sua mulher, no dia do casamento, uma viagem à Europa. Quinze anos passaram desde essa promessa e Audrey ainda esperava ansiosamente pela sua aventura no outro lado do mundo. No 15º aniversário de casamento, Nick vê-se obrigado a finalmente organizar a viagem, apesar do baixo orçamento de que dispunham.
Durante o voo, Audrey, que não conseguia dormir devido ao ressonar do marido, vai dar um passeio até à zona da primeira classe. É lá que conhece o jovem encantador Charles Cavendish, o sobrinho do milionário Malcom Quince, que os convida para embarcarem no iate do seu tio para uma viagem pelos melhores portos da Europa. O casal acaba por aceitar e rapidamente se apercebem de que aquela família não tinha nada de normal. Malcom Quince, o milionário, tinha organizado a viagem para anunciar que ia retirar todas aquelas pessoas do seu testamento, exceto a sua mais recente esposa Suzi. E é no momento em que Malcom ia assinar o documento que as luzes se apagam e alguém o mata. Quem assassinou o milionário? É o que Audrey e Nick vão tentar descobrir enquanto meio país anda a persegui-los, pois eles são, na verdade, os principais suspeitos.
Murder Mystery tem um pouco de tudo: ação, mistério, suspense e humor (muito humor, aliás). Adam Sandler e Jennifer Aniston retornam ao grande ecrã e trazem a alegria que os caracteriza com eles. O riso é fácil e a história cativante. Apesar de o argumento não ser de génio, a verdade é que poucos são os que vão adivinhar de imediato quem é a verdadeira mente por detrás da morte de Malcom Quince. Todas as personagens que estavam dentro daquele barco tinham razões para querer pôr fim à vida do milionário e aos poucos e poucos a história de cada um deles é revelada. Ainda assim, o filme deixa muitas questões por responder e há cenários que são deixados em aberto. Cabe à imaginação do espetador tentar entender todos os pedaços das histórias que ficaram por contar.
O filme tem sempre uma conotação muito leve apesar da premissa principal. São várias as referências a outros filmes que podemos encontrar durante a película, como é o caso da última cena, onde vemos as personagens num comboio Expresso Oriente, como referência ao filme Crime no Expresso Oriente, ou até mesmo a cena da morte do milionário que parece saída do jogo Cluedo. O filme não é o melhor que Aniston ou Sandler já fizeram, mas consegue ser um bom momento de diversão e uma boa forma de melhorar um mau dia.
O filme está disponível na Netflix e em apenas três dias já tinha sido visto por 31 milhões de pessoas, tornando-se assim o melhor fim de semana de estreia de um filme da plataforma streaming.
Artigo revisto por Sara Tomé