Os candidatos à Presidência da República
Marcelo Rebelo de Sousa considera que deve haver uma separação entre o Presidente e os partidos. Maria de Belém acha que o aumento do salário mínimo deve ser faseado.
A campanha já vai no adro e os candidatos já começaram a lançar as suas armas. Marcelo Rebelo de Sousa afirmou hoje que um candidato à Presidência da República não é um candidato à liderança de um partido, demarcando-se de possíveis ligações do seu nome a um partido.
Marcelo candidata-se como independente, mas durante muitos anos esteve ativamente ligado ao PSD, tendo, inclusive, sido um dos fundadores e chegou mesmo a ser presidente do partido. Hoje concorre sozinho a Belém, mas muitos associam o PSD à sua candidatura.
Para o candidato, as grandes obras até partem de uma maior confluência de ideias, sendo que enquanto Presidente não representará um partido, mas sim o país e por isso é essencial, para Marcelo, haver um acordo que dê estabilidade ao país e una mais ideias.
Na visita que fez hoje à Associação de Proteção da Criança, Marcelo deixou o aviso de um Presidente da República ter de unir vontades: “nós, em teoria, saímos da crise, mas, na prática, pude verificar ainda hoje [que] há sinais de permanência da crise e, por isso, é uma prioridade a questão social”. Para Marcelo, estas questões só podem ser resolvidas com um maior consenso entre os partidos para chegar a decisões que beneficiam os portugueses.
Já Maria de Belém decidiu não comentar o tema do aumento do salário mínimo, dizendo apenas que esse aumento deve ser feito com a concertação social, não devendo ser apenas uma decisão dos partidos. O Bloco de Esquerda impôs o número de 600 euros, um aumento drástico em relação ao atual número de 485 euros de ordenado mínimo.
Maria de Belém falou à saída da reunião com a Confederação do Comércio e Serviços Portugal, onde o Presidente da Confederação, João Vieira Lopes, se mostrou preocupado com uma subida muito rápida do salário mínimo.
Neste encontro também se falou do desemprego e de como, para a candidata a Belém, o programa de ajustamento não se ter adequado às necessidades do país, o que levou á falência de muitas empresas e ao aumento do desemprego, problemas que vão ser difíceis de resolver, segundo Maria de Belém.
A campanha para as presidências lá vai correndo e os candidatos lá vão lançado o seu isco para cativar os portugueses e angariar votos. Enquanto isso, continua a pairar no ar a estabilidade governativa do atual governo, que não tem maioria no Parlamento e pode ver a moção de censura contra si aprovada daqui a pouco mais de 10 dias.
AUTORIA
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