Os jornais “The Times” e “The Sunday Times” dizem adeus à notícia de última hora
Os dois jornais britânicos irão testar a nova fórmula de abrandar o ritmo noticioso, num momento de pouca rentabilidade para outros jornais, para que os leitores digiram a informação com mais tempo.
Os jornais britânicos “The Times” e “The Sunday Times” vão unir as suas presenças online através de um site comum, tal como ocorre com a aplicação móvel partilhada por ambos, adotando assim um novo modelo editorial, no qual irão “abandonar” a cobertura noticiosa ao minuto. Desta forma, os títulos da News Corp., empresa detida pelo multimilionário Rupert Murdoch, passam a atualizar a sua edição online às 9h, às 12h e às 17h.
Alan Hunter, responsável pelos dois títulos na área digital, afirmou: “Reconhecemos que as pessoas olham para os seus smartphones centenas de vezes por dia, mas que não estão a ver se há notícias centenas de vezes por dia”. Para além disso, explicou ainda a decisão do modelo de negócio, justificando: “Apresentamos uma proposta paga num mercado onde praticamente tudo é gratuito.”.
Os dois jornais foram os primeiros títulos britânicos a encerrar, em 2010, os seus conteúdos com a paywall, enquanto os seus concorrentes, como o “Guardian” ou “Independent”, não fecharam na totalidade os conteúdos a não-assinantes. De acordo com o Financial Times, os dois jornais, em 2015, geraram um lucro de 21 milhões de libras (26,5 milhões de euros), tendo assim 147 mil assinantes da edição online e 394 mil leitores de jornais impressos.
AUTORIA
Pedro Almeida, de 21 anos, é um estudante universitário do curso de Publicidade e Marketing, cuja paixão reside no Marketing, na escrita e na responsabilidade social.