Progressive House
A partir de hoje, a cada 15 dias podem contar com esta rubrica para vos colocar a par do mundo da música eletrónica.
Tinha que o fazer, era uma necessidade, um dever. Infelizmente, a maioria das pessoas não consegue distinguir entre os seus imensos subgéneros. Mas posso-te garantir que assim que conseguires distinguir o azeite do vinagre, o teu interesse por este universo vai despertar.
Começamos esta nossa viagem pelo Progressive House, que é, nada mais nada menos, o meu estilo de música eletrónica favorito.
Então, o que define o Progressive House?
É um estilo de música que surgiu no final dos anos 90 e o seu nome deriva precisamente do facto de ser uma progressão do House tocado até então. A nomenclatura adotada serviu, também, como acontecera com o progressive rock, para definir uma identidade distante que favorecesse o género numa perspetiva do marketing.
Este sub-género diferencia-se do House essencialmente no número de Batidas por minuto (BPM), que é um pouco mais rápido, rondando os 128 bpm, e na forma como as faixas se dividem, que funciona quase como o desenrolar de uma narrativa, existindo um conflito inicial (bridges) e um clímax (drop), utilizando uma grande variedade de sons, acordes complexos, samples eletrizantes, e sintetizadores polifónicos e estridentes.
Devido às suas características, é classificado como um estilo de eletrónica anti-rave, isto é, impróprio para dançar.
Pessoalmente, é um estilo de música que gosto de ouvir quando preciso de alguma adrenalina, de me sentir, de certa forma, como um personagem de videojogo invencível, o que acontece essencialmente durante a prática desportiva onde os níveis de concentração e motivação têm que estar bem elevados.
Os meus artistas de referência para este género chamam-se deadmau5 e Wolfgang Gartner.
O primeiro chama-se na verdade Joel Thomas Zimmerman, é Canadiano e tem 34 anos. É uma cara que certamente não vos é estranha, sim a “cara”, porque provavelmente, mesmo nunca tendo ouvido as suas músicas, a maior parte de vocês reconhece aquela máscara de um rato com aspeto alienígena.
O segundo, embora menos conhecido, acaba por ser o meu favorito. Americano, de 33 anos, Joseph Thomas Youngman, só lançou um álbum de estúdio, Weekend in America, mas em 2012 viria a lançar a compilação Back Story com todo o seu trabalho anterior.
Agora, cabe aos vossos ouvidos desgustarem estas duas amostras que inseri neste artigo, e à vossa mente voar por outros mundos.
Dia 7 ficarão a saber mais sobre outro incrível género. Até lá!
AUTORIA
Com 18 anos de idade é aluno da ESCS e frequenta o 1º ano do Curso de AM. Fez o secundário na ES Miguel Torga, após uma passagem de nove anos pelo CSJ - Ramalhão.
Considera-se um diletante, maneira simpática de dizer criativo com apetência para a preguiça, e ambiciona envergar pelo desenvolvimento de videojogos.
Nos tempos livres põe em prática o gosto pela produção musical e pela escrita. É péssimo a gerir o seu tempo mas não resiste a juntar-se a 1001 projectos, dos quais não podia faltar a aliciante ESCS magazine!
É praticante federado de esgrima (sabre) e adepto fervoroso do Sporting CP!
Celebra o seu aniversário no dia 12 de Junho e está a aceitar prendas. Canetas em riste, en garde!