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Quatro razões para veres Sex and the City

Já se passaram mais de 16 anos desde que a HBO emitiu a última temporada de Sex and the City. De 1998 até 2004, e acrescendo-lhe posteriormente dois filmes, foi um marco na história da ficção e representou de forma exímia as vidas atribuladas de quatro mulheres distintas. Repleta de diversidade, Sex and the City desmistificou inúmeros tabus, dando aos espetadores uma nova e mais expansiva perspetiva da vida.

Atrevo-me a dizer que haverá apenas uma parte muito limitada de pessoas que não assistiu a este êxito intemporal. Tenho de reconhecer que, até há pouco tempo, eu era uma dessas pessoas. Por isso, se ainda pertences a esse círculo, permite-me, com estas quatro razões, incitar-te a preencher esta lacuna na tua lista de séries.

  1. Um novo grupo de amigas

Carrie, Samantha, Miranda e Charlotte vão tornar-se as tuas novas amigas – e, acredita em mim, é uma amizade que quase parece real. Uma vez que cada episódio nos oferece uma peripécia diferente, temos a sensação de que estamos lá para as ajudar quando se avizinha a hora de a resolver – e, de tempos a tempos, elas é que nos auxiliam. Há momentos em que as personagens nos amparam, como se de nossas amigas se tratassem, fazendo-nos refletir sobre determinados aspetos do quotidiano e obrigando-nos a modificá-los para que não tenhamos de passar por semelhantes experiências. Às vezes, precisamos de que a “voz da razão” surja de uma pessoa de fora, mesmo que essa pessoa seja fruto da ficção.

Fonte: Instagram (@satclines)

2. A importância da amizade

A série brinda-nos com um grupo de almas gémeas cuja conexão vai muito além daquilo que é banal – temos escasso conhecimento acerca de algo referente às suas famílias, pois estas quatro mulheres decidiram tornar-se uma. Além disso, com esta amizade, somos confrontados com um tema fraturante nos dias hoje: o feminismo. O feminismo não tem como máxima única o facto de os homens terem de respeitar e tratar de forma igualitária o sexo oposto. Mais que isso, o feminismo também dá voz à necessidade urgente de respeito, valorização e união mútua entre as mulheres – e as personagens são a personificação desses atributos.

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3. Amores e desamores

Durante os 94 episódios de Sex and the City, fomos conhecendo os inúmeros interesses amorosos das personagens e as suas facetas mais românticas. No entanto, nem tudo é assim tão linear: da mesma forma que elas gostavam de amar e de se sentir amadas, o poder que a liberdade lhes conferia era considerado impagável. De vez em quando, estavam, novamente, single and ready to mingle – e o amor próprio, muitas vezes deixado de lado, ressurgia. Ensinam-nos, por isso, uma lição: a paixão e o amor podem ser voláteis, mas o amor próprio é inestimável (mesmo que Carrie nem sempre o entenda assim).

Fonte: Instagram (@satclines)

4. Passeio por Nova Iorque

Por fim, acredito que o local no qual uma série tem lugar faz suscitar nos seus espetadores algum interesse. Por isso, se tens curiosidade em explorar Nova Iorque, esta série é perfeita para ti. Além de acompanharmos as vidas atribuladas das personagens pelas ruas da cidade, podemos, ao final do dia, sentar-nos com elas nos bares mais icónicos – até porque, tendo em conta as circunstâncias em que vivemos, é uma boa forma de viajarmos sem que tenhamos de sair do conforto das nossas casas.

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Esta é a minha lista de razões e espero que tenha sido suficientemente persuasiva. Recomendo-vos esta série por ser pautada por leveza, por ser cómica, desprovida de dramas penosos e porque o infortúnio em que vivemos há sete meses é dramático que baste. Aproveita agora.

Artigo revisto por Inês Paraíba

Fonte da foto de capa: Pinterest