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Quatro semanas depois Pedro Dias entrega-se à polícia

Pedro Dias, o homem mais procurado em Portugal no último mês, entregou-se à polícia na passada terça-feira à noite, na casa de uma amiga em Arouca. O momento foi captado em direto pela RTP.

 

28 dias. Foi este o tempo que Pedro João Dias esteve desaparecido, depois de alegadamente ter morto dois homens, um deles militar da GNR.

O suspeito dos crimes de Aguiar da Beira entregou-se voluntariamente à Polícia Judiciária na passada noite de terça, numa casa vigiada pelos inspectores há mais de uma semana.

Acompanhado pela irmã e por três advogadas, terá sido uma destas, Mónica Quintela, a contactar a PJ para dar conta da intenção de Pedro Dias em entregar-se. A detenção foi negociada com a PJ depois do “Piloto”, como era também conhecido, ter concedido uma entrevista em exclusivo à RTP, canal que acompanhou o momento em direto.

Pedro Dias, de 44 anos, deu uma entrevista, ainda não emitida, ao programa da RTP1 “Sexta às 9”, da jornalista Sandra Felgueiras, onde terá afirmado que não matou ninguém e que a solução para a madrugada de 11 de outubro estará no militar da GNR que sobreviveu. Declarou-se inocente dos crimes que nessa noite vitimaram um de dois GNR, assim como um outro homem que seguia de carro com a mulher que ainda se encontra internada em estado grave.

Pedro Dias contou que durante este tempo viveu em casas abandonadas, dormiu em florestas e sobreviveu com apenas 60€ no bolso durante as quatro semanas de fuga, afirmando que nunca contactou a família enquanto esteve desaparecido.

Admitiu ainda que “desde o primeiro dia tentou entregar-se às autoridades, mas nunca lhe permitiram”, uma vez que se sentia ameaçado de morte por diversas vezes.

O arguido está indiciado de dez crimes, entre eles cinco de homicídio qualificado, dois crimes de sequestro, dois de roubo e um de furto.

Após a detenção, o suspeito foi conduzido para as instalações da Polícia Judiciária da Guarda. Esta quinta-feira foi ouvido por um juiz de instrução criminal, não sendo conhecida até ao momento a medida de coacção a ser aplicada.