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Redução do desemprego: “tendência lenta, mas consolidada”, diz Mota Soares

A colocação de desempregados através dos centros de emprego diminuiu em Fevereiro, depois de, no início do ano, ter aumentado significativamente. Segundo dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), no mês passado 8760 pessoas conseguiram encontrar trabalho – menos 18,2% do que em Janeiro.

Uma análise ao histórico mostra que em Fevereiro costuma haver uma diminuição dos desempregados que arranjam emprego através do IEFP. No entanto, ainda não se pode concluir sobre se há uma alteração da tendência verificada em 2014.

Em Fevereiro, estavam inscritas 604.314 pessoas, menos 11340 do que em Janeiro. Parte desta redução pode estar relacionada com o ligeiro aumento do número de desempregados ocupados. Em Fevereiro o IEFP dá conta de 156.701 pessoas a desenvolver trabalho socialmente necessário, como por exemplo formações profissionais e estágios, não contando por isso como desempregados.

Apesar de o instituto não revelar o número de desempregados anulados das listas, esta pode dever-se a vários factores: a anulação da inscrição acontece quando as pessoas faltam à convocatória do centro de emprego, não cumprem o dever de apresentação quinzenal ou recusam uma proposta de emprego/formação profissional. Pode também dever-se ao facto de conseguirem arranjar emprego por iniciativa própria ou porque emigraram.

Cristina Rodrigues, coordenadora da Comissão de Recursos do IEFP, disse ao Público que em 2015 seria previsível um aumento significativo das anulações de desempregados.

Comparativamente ao ano anterior, no mês de Fevereiro, o número de inscritos caiu 13,8%, ou seja, menos 96.640 pessoas; foram colocadas mais 1334 pessoas no mercado de trabalho e as ofertas de emprego disponibilizadas pelas empresas aumentaram 1,4%.

Na análise das novas inscrições, o IEFP dá conta de um recuo, tanto em relação a Janeiro como a 2014.
“É uma boa notícia para os 11.340 portugueses que deixaram de estar numa situação de desemprego, e deve ser um sinal de confiança e de esperança para muitos portugueses que ainda estão sem emprego e querem ingressar pela primeira vez no mercado de trabalho ou regressar ao mercado de trabalho”, disse o ministro da solidariedade, emprego e Segurança Social, Mota Soares.

Perante os números conhecidos, “estamos a assistir a uma tendência lenta, mas consolidada, de diminuição do desemprego até em meses que estão fora da época de sazonalidade, como os meses de verão”, realçou o ministro

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