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The Dressmaker

Filmado na Austrália, The Dressmaker conta com um leque de bons atores que nos faz ficar presos ao ecrã. Entre os protagonistas estão Kate Winslet, Judy Davis, Liam Hemsworth e Hugo Weaving (estes três últimos, australianos). E essa particularidade em muito contribui para o sucesso do filme, envolvendo estrelas Hollywoodescas e personalidades nacionais.

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Baseado no romance de Rosalie Ham com o mesmo nome, The Dressmaker narra a história da costureira Tilly Dunnage (Kate Winslet), que regressa à sua terra-natal, Dungatar, depois de, muito nova, ter sido expulsa por suspeitas de ter cometido um homicídio. Disposta a mudar a opinião que os moradores da pequena terra têm a seu respeito, Tilly luta com todas as armas que tem. Uma das pessoas com quem o braço de ferro é mais difícil de ganhar é a sua própria mãe, Molly (protagonizada por Judy Davis).

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Ora, então, como é que Tilly decide conquistar os vizinhos (melhor ainda, as vizinhas)? Mostrando as suas habilidades para a costura e, consequentemente, elaborando maravilhosos vestidos para as mulheres da aldeia, luxos a que não estavam, de todo, habituadas. Tilly Dunnage transforma mesmo alguns patinhos feios em verdadeiros cisnes, como é o caso de Trudy (Sarah Snook). Encanta, desde logo, um outro cisne, desta feita, no campo do amor: Teddy McSwiney, encarnado pelo ator Liam Hemsworth.

The Dressmaker é um filme que prima pela forte crítica social dos anos de 1950. Para começar, tenta imediatamente retratar a vida nas pequenas aldeias pela forte pressão social que isso representa, onde as aparências são o mais importante. Para além disso, Evan Pettyman (Shane Bourne) e o sargento Horatio Farrat (Hugo Weaving) são bons exemplos de que, por vezes, as caras do poder têm duas caras.

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Vale ainda a pena pegar no início deste artigo e realçar a boa aposta em atores originalmente australianos para rodar uma trama filmada no maior país da Oceânia: os sotaques são perfeitos e as pronúncias são perfeitas, bem como as peculiares expressões australianas utilizadas, raramente ouvidas em filmes americanos; as paisagens de tirar o fôlego também são um ponto a favor; por fim, o brilhantismo que Judy Davis e Hugo Weaving oferecem ao humor negro criado pelas suas personagens não passa despercebido, nem, muito menos, as grandes prestações de Winslet e Hemsworth (que, diga-se, parece que nasceu para desempenhar o papel de um descontraído aldeão australiano dos anos cinquenta, quais romances para adolescentes ou sagas como The Hunger Games!).

Por todas estas marcas fortes, é compreensível o facto de The Dressmaker ter recebido na maioria críticas positivas. Quem vê não se arrepende; passa, aliás, um bom bocado, assistindo a um filme com o qual se pode rir e/ou sofrer.

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