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Web Summit – Dia 0: Lisboa entrega a chave da cidade ao empreendedorismo

Passavam quinze minutos das dez da manhã, quando as portas para o registo de todos os participantes – 53 mil, entre os quais 15 mil empresas, sete mil presidentes executivos, e setecentos investidores, de 166 países – da oitava edição da Web Summit, que se realiza pela primeira vez (de três) em Lisboa, dividida entre a FIL e a MEO Arena, no Parque das Nações, se abriram. A equipa de voluntariado – que tem mais de dois mil elementos – deu conta da situação, controlando as entradas da multidão.
No entanto, só um pouco depois das 18h30 (com atraso, não fosse este um evento organizado em Portugal), é que ouvimos o CEO da Web Summit, Paddy Cosgrave a dar as boas vindas aos mais de 15 mil espectadores que estavam no Centre Stage (MEO Arena) – e aos três mil que ficaram de fora por sobrelotação do espaço. Começou por referir o crescimento desta conferência, que na sua primeira edição, em 2009, teve pouco mais de quatrocentos attendees.
Depois de uns problemas na rede de Wi-Fi, Paddy chamou António Costa, que vendeu Lisboa como a capital mundial do empreendedorismo – quer que a Web Summit faça com que Portugal passe a imagem de espaço ideal para a troca de ideias, reforçar o espírito empreendedor e fomentar o investimento e crescimento de empresas, acompanhados do desenvolvimento de políticas públicas para o empreendedorismo.
O painel “New Realities” contou com Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia, a exprimir a sua opinião (admite, mais livre) sobre a União: mostra resistência contra todas as crises, e que a organização está mais forte do que se acha, pois é vítima da moda do pessimismo. Discutiu-se o “brexit”, a crise dos refugiados, e como a globalização é algo que vai acontecer.
O ator Joseph Gordon-Levitt apresentou a sua hitRECord, uma produtora online de e para comunidades. Mas o momento alto da noite foi quando Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, entregou as chaves da cidade a Paddy Cosgrave. O secretário de Estado da indústria ainda referiu que a MEO Arena é responsável por trazer as maiores estrelas de rock do mundo – “graças a [Paddy Cosgrave] agora, as rockstars do [seu] país, são os engenheiros, cientistas, empreendedores” que estarão até quinta-feira (pelo menos) em Lisboa. Medina não sentiu necessidade de fazer um pitch para apresentar Lisboa; “Lisboa vai fazer um pitch por ela mesma”, enquanto centro do processo empreendedor.
“A nossa casa é a vossa casa, e queremos que se sintam em casa”, concluiu Medina. E depois de uma chuva de confettis estava oficialmente inaugurada a Web Summit. A festa continuou na baixa lisboeta, com a primeira noite do “Night Summit”.