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Descobrindo o Vietname: Uma aventura por um país autêntico e fascinante

Recentemente, tive a grande sorte de poder fazer a minha primeira visita ao continente asiático e deixei que as belíssimas fotografias expostas na internet me convencessem a dar uma oportunidade ao Vietname (sobre o qual eu pouco ou nada sabia antes de embarcar nesta aventura). Este país do sudeste asiático, apesar de não estar no topo da lista de destinos turísticos populares, tem muito para oferecer.

O facto de os turistas não optarem por visitá-lo tanto quanto outros países da região, como por exemplo a Tailândia, está longe de significar que não é um ótimo destino – aliás, do meu ponto de vista, a autenticidade e a beleza natural tornam a visita uma experiência inigualável.

Uma das principais razões pelas quais o Vietname não é tão popular é porque só abriu as suas portas ao turismo recentemente. O país sofreu muito com a guerra contra os Estados Unidos, tendo apenas começado a recuperar a partir da década de 90. Na verdade, toda a história do Vietname é marcada por muitos conflitos e mudanças que influenciaram profundamente a sua identidade. Durante mais de mil anos foi dominado pela China; depois, com a Segunda Guerra Mundial, passou pelas mãos dos japoneses e dos franceses, tendo estes últimos colonizado o país durante mais de sessenta anos. Todos estes países deixaram a sua pegada na cultura vietnamita, e ainda hoje é notável uma busca por “personalidade”. Infelizmente, muitas pessoas ainda o percecionam como um país devastado pela guerra, e, por isso, evitam visitá-lo. Mas o Vietname é muito mais do que isso e vale a pena ser explorado.

Uma das cidades mais fascinantes do Vietname é Hanói. Localizada no norte do país, a capital é uma mistura de arquitetura francesa e vietnamita tradicional. A cidade também é famosa pelos seus mercados noturnos e pela sua comida deliciosa, que tem forte influência chinesa e francesa.

Fonte: Daniela Matias

Estando limitada pelo tempo, não tive a oportunidade de conhecer devidamente os recantos e encantos desta grande cidade. Assim sendo, eu e a minha mãe optamos por fazer uma pequena excursão noturna de mota, que é o meio de transporte mais utilizado pelas vietnamitas (não foi difícil chegar a esta conclusão, porque elas estão em todo o lado).

O trânsito no Vietname é uma experiência única: não há sinal de trânsito que impeça os motoristas de seja o que for; a buzina é o melhor amigo do motorista; o pedestre deve ter um cuidado extra ao atravessar as ruas, embora não valha a pena esperar em frente à passadeira porque isso significaria passar o resto da vida naquele preciso local. Mas apesar de tudo, existe um senso de organização nesse caos: é como se todos os motoristas e motociclistas tivessem um acordo implícito para se movimentarem em sincronia. Uma coisa é certa: andar de mota no trânsito vietnamita é uma aventura imperdível!

Muito perto de Hanói, a poucas horas de carro, encontra-se uma das atrações mais conhecidas do Vietname – a Baía Ha Long. Visitar Hanói e não visitar Ha Long Bay é como ir a Paris e não visitar a Torre Eiffel, ou ir a Roma e não ver o Coliseu. A Baía é simplesmente deslumbrante, com formações rochosas que emergem do mar como algo saído de um sonho. E a melhor forma de apreciar a sua beleza é fazendo um cruzeiro de um ou dois dias.

Embora eu tenha visitado algumas cidades incríveis no Vietname, nem todas foram do meu agrado. Ho Chi Minh, por exemplo, era um pouco suja e poluída para o meu gosto. Mas com o pouco tempo que eu tinha não tive a possibilidade de visitar nem metade dos sítios que interessam e, certamente, ficaram muitos lugares maravilhosos por explorar.

Embora eu tenha visitado algumas cidades incríveis no Vietname, nem todas foram do meu agrado. Ho Chi Minh, por exemplo, era um pouco suja e poluída para o meu gosto. Mas com o pouco tempo que eu tinha não tive a possibilidade de visitar nem metade dos sítios que interessam e, certamente, ficaram muitos lugares maravilhosos por explorar.

Fonte: Daniela Matias

O meu lugar favorito foi definitivamente Hoi An, uma cidade costeira no centro do país. O meu fascínio deve-se, entre outros, aos barquinhos que navegam pelo rio iluminado por incontáveis velas à noite – cada uma é colocada num pequeno saco de papel colorido e carrega o desejo da pessoa que a colocou na água. Senti-me como num conto de fadas! Com tantos bares, restaurantes e lojinhas iluminados por balões de São João, a cidade ganha uma atmosfera mágica que nos faz querer dançar sob as estrelas. É impossível resistir à tentação de fazer compras e comer petiscos, porque se há lugar indicado para fazer estas atividades, é este. As luzes, as cores, a música – tudo conspira para nos fazer sentir felizes e despreocupados.

Mas, no final de contas, o que torna o Vietname realmente especial são as pessoas? Os vietnamitas são um povo amigável e acolhedor que fica feliz por receber turistas no seu país. Embora haja um pouco de barreira linguística, os vietnamitas fazem um esforço para comunicar e ajudar os visitantes. Um dos nossos guias turísticos revelou-nos que os vietnamitas valorizam muito a honestidade e a integridade nos negócios e nos relacionamentos pessoais por causa de sua cultura e história. É verdade, a principal e mais bonita característica deste povo é a sua honestidade. Eu e a minha mãe sentimo-nos sempre muito seguras e, sobretudo, bem acolhidas. Por essa, e por muitas outras razões, é que eu recomendaria o Vietname a qualquer pessoa que queira ter uma experiência única e enriquecedora.

Fonte de capa: Travel Dream

Artigo revisto por Andreia Batista

AUTORIA

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Daniela nasceu nos Estados Unidos, mas cedo se mudou para a ilha da Madeira, onde foi criada. Embarcar para a cidade de Lisboa é um primeiro passo para conquistar o seu sonho de criança: ser uma renomada Jornalista. Ambiciona criar conteúdos para grandes revistas turísticas, porque, para além da escrita, a sua paixão é viajar. São os pequenos prazeres da vida que a movem, e deseja partilhar esse olhar único sobre a vida.