Desporto, Editorias

O Impulsivo crescimento da liga Saudita: Do anonimato ao reconhecimento global

O Campeonato Saudita tem duas denominações. O nome oficial é Roshn Saudi League (RSL), sendo conhecida como Saudi Pro League (SPL), e foi só em 2007 que a liga passou a ser considerada como profissional, passando o formato a ser igual aos europeus, dividido em duas voltas, num total de 34 jogos e 16 equipas.

É só em 2023 que a Liga conhece o seu “boom” a nível de expansão e reconhecimento mundial, com a transferência de Cristiano Ronaldo para o Al-Nassr e com o facto de o Fundo de Investimento Público passar a ser dono de 75% do capital de quatro clubes diferentes: Al Nassr, Al-Hilal, Al-Ittihad e Al-Ahli. Isto permitiu assinaturas de um elevado número de jogadores e treinadores que atuavam na europa.

A mudança de Cristiano Ronaldo fez com que muitos jogadores ponderassem a saída para a Arábia Saudita como lugar para continuar as suas carreiras. Assim, o mundo assistiu a nomes como Benzema, Kanté e Fabinho a irem para o Al-Ittihad, e juntaram-se a CR7, no Al-Nassr, Sadio Mané, Alex Telles e Octávio (ambos ex-jogadores do Futebol Clube do Porto) e Brozović. No Al-Hilal, de Jorge Jesus, surgiram os nomes de Milinković-Savić, Kalidou Koulibaly, Malcom e Neymar. Deste lote de jogadores estão também Mendy, Firmino, Riyad Mahrez, Saint-Maximin e Jordan Henderson.

Fonte: FairPlay

O Campeonato Saudita tornou-se a casa de muitos portugueses, para além de Ronaldo, Octávio e Jota Silva, juntam-se os treinadores portugueses Vítor Pereira, Luís Castro, Pedro Emanuel e Jorge Jesus. Este último entrou, não só para história saudita, mas também para a história do Guinness, ao bater o recorde de mais vitórias consecutivas (28), após ganhar por 2-0 ao Al-Ittihad, apurando-se, também, para as meias-finais da Liga dos Campeões Asiáticas.

Fonte: Facebook Al-Hilal

O Al-Hilal é o líder do campeonato com 68 pontos em 24 jornadas, mais 12 que os 56 do Al-Nassr de Cristiano Ronaldo e Otávio. Apesar de a sua equipa estar em segundo lugar, CR7 é o melhor marcador da liga com 23 golos.

Apesar deste crescimento as opiniões dividem-se entre os jogadores. Cristiano Ronaldo considera que a Liga, em termos competitivos, já se encontra num patamar superior à Francesa (Ligue 1), e Romelu Lukaku que, antes de rumar para a Roma, teve em cima da mesa a possibilidade de jogar na Arábia Saudita, e em entrevista à Riyadiya Tv afirmou que “a liga saudita vai ser uma das melhores do mundo daqui a dois anos, senão a melhor. Têm-se esforçado para trazer os “grandes” jogadores para o campeonato. As equipas estão a melhorar, a qualidade do futebol está a crescer, assim como ao nível de treinadores. Nos próximos dois anos vai ser uma das ligas de topo”.

Fonte: Instagram spl_en

Contrariando a ideia de Ronaldo, Eden Hazard argumentou que apesar de na Liga Saudita haver um elevado número de jogadores de renome, a qualidade coletiva das equipas é inferior às da liga Francesa, considerando que os coletivos desta praticam um melhor futebol, e que num jogo entre uma equipa saudita e uma francesa que a segunda acabaria vencedora.

Para a nova época de 24/25, segundo o jornal O JOGO, o clube de Jorge Jesus pretende investir em Raphinha estando disposto a investir 100 milhões para tirar o jogador ao Barcelona. Kevin de Bruyne, jogador do Manchester City, Casemiro, atleta do Manchester United, e Salah, avançado do Liverpool, são outros nomes apontados para rumarem até à Liga saudita.

Fonte da capa: Marca

Artigo revisto por Julia Gibelli

AUTORIA

+ artigos

Desde a infância sempre se mostrou apaixonado pelo desporto, com especial enfoque no futebol. Ingressou aos 10 anos na “Escolinha de Futebol do Agrupamento de Escolas D. Filipa de Lencastre” e rapidamente percebeu que a sua vocação residia em “estar entre os postes”; mas porque a vida nos prega partidas teve várias lesões que o impediram de passar a jogador federado após os 16 anos.
Ingressar na ESCS Magazine é a oportunidade perfeita para continuar perto do Desporto mesmo sem o poder praticar profissionalmente!
O gosto pela comunicação, pelas pessoas e pelo mundo empresarial, fizeram com que a ESCS fosse desde a primeira hora a sua escolha de eleição.