António Silva: Um Made in Benfica
Recentemente, António Silva tem dado muito que falar. Mas, afinal, como é que surgiu toda esta fama e como é que o jovem defesa-central se afirmou tão rapidamente no plantel dos encarnados?
António Silva nasceu a 30 de outubro de 2003, em Viseu. A sua formação futebolística começou no SC Penalva do Castelo, na sua terra natal, em 2010. Ao fim de dois anos, mudou-se para o CF Os Repesenses, onde ficou por duas épocas. Tendo demonstrado bastante técnica desde jovem, chegou ainda a participar em captações na academia do Sporting e também era cobiçado pelo FC Porto, mas acabou por optar pelo clube do coração, o Benfica. A sua ligação às águias começa na época 2014/2015, quando integra o Centro de Formação e Treino de Viseu, conseguindo chegar ao Benfica logo na época seguinte. Pelo meio, acaba por voltar a Viseu por uns tempos, por ter saudades de casa, mas com a ajuda de apoio psicológico consegue voltar à capital e adaptar-se.
Fonte: Público
Os anos que se seguiram foram de crescimento e de evolução, e o jovem viseense rapidamente foi-se desenvolvendo enquanto jogador, assinando o seu primeiro contrato profissional com o Benfica a 1 de novembro de 2019, com apenas 16 anos de idade. Por se diferenciar dos demais, António Silva avançou rapidamente nas camadas do clube da Luz e na época de 2020/21, com apenas 17 anos, já integrava a equipa sub-23.
Começou a dar nas vistas na época passada, tendo desempenhado um papel fundamental tanto na conquista do Campeonato Nacional de Juniores como na UEFA Youth League, pelos sub-19.
Era esperado que António Silva passasse a presente temporada ao serviço da equipa B das águias, mas as lesões de João Victor, Lucas Veríssimo e Morato, até então titular indiscutível, fizeram soar os alarmes da Luz e obrigaram Roger Schmidt a ir buscar um central às camadas inferiores, tendo sido ele o escolhido. Apesar da tenra idade, demonstrou uma grande qualidade técnica e maturidade, e logo conquistou os adeptos benfiquistas, que o têm defendido aguerridamente.
Mesmo após o regresso de Morato, já recuperado da lesão que sofrera, o central manteve a titularidade, sinal da confiança que Roger Schimdt deposita nele.
Totaliza, no momento da publicação deste artigo, 20 jogos pela equipa do Benfica na presente temporada, contando com 3 golos, um deles na Liga dos Campeões.
Fonte: Getty Images/Octavio Passos
Têm sido feitas diversas comparações entre António Silva e Rúben Dias, sendo uma delas o número da camisola, o 66, que Rúben Dias também usava quando representava o Benfica, e outra a forma como se deu a subida à equipa principal, já que Dias também chegou ao principal escalão devido à lesão de um outro jogador, dessa vez Lisandro López.
A qualidade das suas exibições valeu-lhe a primeira convocatória à equipa A da Seleção Nacional, sendo um dos 26 escolhidos por Fernando Santos para representar Portugal no Campeonato do Mundo de 2022, realizado no Catar. Estreou-se a 17 de novembro, num jogo amigável contra a Nigéria disputado no Estádio José Alvalade que acabaria com vitória lusa por 4-0. Em relação à sua estreia no Mundial, a mesma aconteceu na derrota por 2-1 frente à Coreia do Sul, na qual foi titular, tornando-se assim no jogador mais jovem de sempre a jogar por Portugal num Mundial, título que pertencia a Paulo Futre.
Fonte: EPA
O jovem de 19 anos continua a dividir opiniões: enquanto uns o veem como uma das maiores promessas do futebol nacional, outros consideram que está a ser dada muita relevância a um jogador que classificam como “banal”.
Apesar das críticas, a qualidade de António Silva está à vista e os seus desempenhos reforçam o estatuto do Benfica como clube formador, que ao longo dos últimos anos tem gerado grandes talentos como Bernardo Silva, Rúben Dias ou João Félix.
Para já, o central mantém-se no clube da Luz, mas é cobiçado por vários clubes europeus como o Nápoles, a Juventus, o Manchester United e o PSG. O Benfica já informou que, de momento, não pretende abrir mão do jogador e que o mesmo só sairá pela cláusula de rescisão, que está situada nos 100 milhões de euros.
Fonte da capa: Tribuna Expresso
Artigo revisto por Joana Gonçalves
AUTORIA
Desde cedo soube que queria ser Jornalista, mas a vida trocou-lhe as voltas e entrou em Relações Públicas. O Rodrigo continua com a mesma ambição e o curso em que está não representa uma condicionante para os planos que tem para o futuro. Como indeciso que é, ainda não sabe em que área do Jornalismo quer trabalhar, algo que vai tentar descobrir ao fazer parte dos diferentes núcleos que a ESCS oferece. O Rodrigo não gosta de falar na 3ª pessoa.