Donald Trump testa positivo à Covid-19
Após ter sido observado com sintomas ligeiros do novo coronavírus, Donald Trump foi encaminhado, no dia 2 de outubro, para um hospital militar, onde testou positivo à Covid-19, acabando por ficar internado “para observação”.
O presidente dos Estados Unidos da América está infetado com o novo coronavírus. Com sintomas ligeiros – fadiga, pouca febre, tosse e congestão nasal – Donald Trump foi aconselhado, por precaução, à hospitalização. O presidente ficou sob observação numa suíte privada do hospital militar Walter Reed, em Washington, permitindo assim a manutenção de algumas das suas funções.
Os filhos de Trump fizeram, igualmente, o teste e, à exceção da primeira-dama, Melania Trump, não se verificou outro positivo na família. O vice-presidente, Mike Pence, e a sua mulher, bem como todos os funcionários da Casa Branca, foram também sujeitos a exames médicos. Muitos destes já acusaram positivo à Covid-19 e os números não param de aumentar.
Apesar do internamento do presidente dos Estados Unidos da América, Melania Trump permaneceu na residência oficial e agradeceu, através da rede social Twitter, às equipas médicas e aos cuidadores – “A minha família está grata por todas as orações e apoio! Sinto-me bem e continuarei a descansar em casa. Obrigada às equipas médicas e aos cuidadores em todas as unidades, vou continuar a rezar por aqueles que estão doentes ou têm um membro da família afetado pelo vírus“.
Uma semana depois do diagnóstico, Donald Trump garante estar “perfeito” e pronto para retomar a campanha eleitoral. No entanto, apesar de acreditar já ter ultrapassado o período de contágio, os médicos responsáveis pela saúde do presidente americano não adiantam quaisquer informações sobre a sua recuperação.
O presidente dos Estados Unidos quis, ainda, prestar declarações sobre a sua “cura” e afirmou que “contrair a Covid-19 foi uma bênção de Deus”. Donald Trump revela também que pretende aprovar rapidamente o mesmo medicamento que o “salvou” do vírus. REGN-COV2 é o nome do fármaco utilizado no tratamento de menos de dez pessoas, sendo uma delas o próprio. Apesar de ter sido testado num número tão reduzido de cidadãos, Trump garante que esta é a solução e prometeu distribuí-la gratuitamente por todos os americanos.
Com visíveis melhoras, o chefe do governo voltou à sala oval no dia 7 de outubro e anunciou, na passada sexta-feira, dia 9, que pretende regressar aos comícios já este fim-de-semana. Ainda que não esteja livre do novo coronavírus, o presidente norte-americano garante que está pronto para retomar a campanha eleitoral.
Recorde-se de que, devido à idade e ao excesso de peso, Trump integra um grupo de risco na doença que já matou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo. Desta forma, a intenção de regressar, na totalidade, às suas funções não tem sido bem recebida, pois, de acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, quem se encontra infetado com o novo coronavírus deve permanecer em isolamento, pelo menos, durante dez dias.
Nas últimas 24 horas, a situação nos Estados Unidos da América agravou e registaram-se mais 938 mortes por Covid-19 e 53.668 novos casos.
Artigo escrito por Margarida Rodrigues
Revisto por Ana Roquete