Moda e Lifestyle

Entrei no ginásio, e agora?

Caros leitores, poderia começar este artigo dizendo que faltam três meses para o verão e que está na hora de começarem a trabalhar para terem o corpo perfeito. No entanto, toda esta ideia de existir um corpo perfeito e uma altura certa para começarmos a cuidar de nós parece-me ultrapassada. Todos os corpos são perfeitos e todo o instante é bom para investirmos no nosso bem-estar. Vamos, então, abordar a questão de outra forma: estamos no mês de março, o que significa que o ano já começou há três meses e, por isso, já todos esquecemos as nossas resoluções de Ano Novo. Acredito que muitos de vós colocaram nessa lista algo como “ter o meu corpo de sonho”, “ser mais saudável”, “entrar no ginásio” ou algo do género. Como quero que persigam os vossos objetivos, estou a relembrar-vos de tudo isto e a incentivar-vos a inscreverem-se num ginásio à vossa escolha. Sei que entrar no ginásio às vezes parece um pouco assustador e, assim, neste artigo vou dar-vos algumas dicas de como superar esse medo e de como iniciar o vosso percurso. 

Vamos começar pelo grande inimigo do progresso: a vergonha. Falando por experiência própria, quando entrei no ginásio achei que as pessoas iriam ficar a olhar para mim e a julgar o que não faço bem. A verdade é que ninguém está assim a prestar muita atenção ao que estamos a fazer. As pessoas estão habitualmente muito focadas na própria vida (no ginásio e nas demais situações do dia-a-dia) e até podem olhar para nós mas estarão provavelmente a pensar no IRS ou se trancaram o carro. E se por acaso alguém realmente vos julgar, pensem que eles é que estão mal, até porque a comunidade do ginásio costuma ser bastante simpática e acolhedora. Lembrem-se de que é normal não fazerem tudo bem! Na maior parte dos ginásios costumam estar personal trainers espalhados pela sala de musculação, por isso não tenham vergonha e peçam ajuda se não estão a conseguir fazer algum exercício ou se acham que não o estão a fazer da forma certa; é o trabalho deles. Além disso, sei que algumas máquinas parecem quase assustadoras, mas acreditem que nenhuma delas é assim tão má, e se passarem alguma vergonha é perfeitamente normal e acontece a todos. No entanto, se realmente não se sentirem bem a fazer algum exercício, não o façam logo e vão tentando evoluir nesse aspeto ao longo do tempo. Não se obriguem a fazer tudo de uma vez.

Fonte: Pexels

Podem também experimentar frequentar as aulas de grupo, que vários ginásios costumam ter, mesmo antes de começarem a usar as máquinas caso se sintam mais à vontade. O tipo de aulas que existirão já vai depender de ginásio para ginásio, procurem informar-se sobre os horários e as modalidades e vão experimentar. Assim, podem começar a habituar-se a incluir o ginásio na vossa rotina enquanto percebem em que estado físico estão e ganham mais força e resistência. 

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Falando em treinos feitos nas máquinas de musculação, alguns ginásios organizam um plano de treino gratuito quando começam a frequentar o mesmo. No caso de isso não acontecer, podem sempre tentar organizar o vosso próprio treino através de pesquisa e até de aplicações que ajudem nesse aspeto, como é o caso da aplicação Strong Workout Tracker Gym, que vos permite não só organizar o plano de treino como também dar-vos exemplos de exercícios dependendo do grupo muscular que querem trabalhar.  

No fundo, acredito que o mais difícil é começar. Procurem saber qual é o ginásio mais vantajoso para vocês e motivem-se para ir. Com o passar do tempo vão começar a ganhar confiança e vai ser mais fácil. Quero também dizer para respeitarem o vosso corpo e mente se, em algum dia, ou até mesmo em alguma semana, não conseguirem ir de todo; não é isso que vai deitar todo o vosso progresso no “lixo”. Dias e semanas mais difíceis fazem parte! O segredo é continuar: continuar a ir mesmo que não consigamos fazer tudo o que planeamos, continuar a ir mesmo que tenhamos ficado uns dias sem lá aparecer e continuar a ir mesmo quando não estamos a ver o maior progresso do mundo.

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Artigo revisto por Beatriz Cardoso

AUTORIA

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A escrita sempre foi um dos seus guilty pleasures. Desde pequena escrevia textos sobre tudo e sobre nada que entregava a alguém que nada conseguia fazer com eles. O seu intuito, com a entrada na revista, é deixar nas mãos de alguém os seus textos e opiniões de qualidade por vezes duvidosa – mas esforçada – e que esse alguém lhes veja utilidade. Nem que estes sejam, apenas, um entretenimento irrelevante porque a irrelevância também nos acrescenta algo.