Mundo Académico

Erasmus “Made in Belgium”

Realizar Erasmus é, para muitos estudantes, um objetivo académico. Por outro lado, realizar mobilidade internacional pode ser dispendioso, em alguns casos esse é mesmo o maior impedimento.


Se te encontras nesta indecisão entre realizar ou não Erasmus, este artigo é para ti. Nas próximas linhas tentarei explicar-te todo o processo a que te deverás submeter para te inscreveres, assim como a minha experiência, que começou há pouco mais de um mês.

Vamos começar pelo início – GRIMA

Se ponderas realizar Erasmus e ainda não ouviste falar do GRIMA, a tua hora chegou… É com o Gabinete de Relações Internacionais de Mobilidade Académica (GRIMA) que tratarás de todo o teu processo de mobilidade. Boa sorte, amigo/a.


Estou a brincar, não é assim tão mau como dizem. É a partir do Portal de Mobilidade do IPL que realizarás a tua inscrição para o Programa Erasmus+. Depois de fazeres login, é a partir dele que completarás todo o teu processo de inscrição e onde farás upload dos documentos burocráticos necessários. Se precisares de mais informações, contacta os colegas do GRIMA, tenho a certeza que te vão ajudar com todas as tuas questões.


No entanto, deixa-me aconselhar-te: não deixes tudo para a última, trata dos documentos a tempo e a horas assim que são pedidos. Assim, garantes que nada falha e, no caso de falhar, tens tempo para corrigir sem que estejas sob pressão das deadlines.

Bolsa Erasmus+

Todos os alunos, após inscritos e aceites na instituição de destino escolhida, estão automaticamente aptos a receber a bolsa de estudos. O seu valor pode variar em função do país para onde pretendes realizar mobilidade e, naturalmente, do seu nível de vida. De qualquer das maneiras, podes ver os valores na tabela apresentada no site da ESCS.


Mas fica descansado/a, não terás que te preocupar com esta questão. A tua inscrição à Bolsa Erasmus+ é feita pelo GRIMA, e tu tens direito a ela! Mas… sê paciente, é um processo que pode levar umas semanas até estar finalizado, mesmo depois de já te encontrares em mobilidade.

Quanto vais gastar?

Não existe resposta certa para esta questão, uma vez que o valor está sob influência de inúmeros fatores. Se servir de ajuda, o que te posso sugerir é que cries, por exemplo, um documento com os teus gastos. Este, vai ajudar-te a teres uma noção daquilo que já gastaste e onde. Consequentemente, estarás mais consciente dos teus custos e poderá ajudar-te a fazer escolhas mais acertadas.


É importante, ainda, teres em mente que, apesar de teres direito à Bolsa Erasmus+, não esperes conseguir fazer tudo com ela. É apenas uma ajuda para dar apoio a alguns custos como, por exemplo, a alimentação.

Erasmus “Made In Belgium” 🇧🇪

Entre as várias opções que tinha à minha disposição, optei por realizar a minha mobilidade internacional para Hasselt, na Bélgica. Para mim, concretizar esta experiência fazia mais sentido se me encontrasse localizado no centro da Europa, permitindo-me viajar de forma rápida e, de preferência, barata. Considerei, também, fulcral vir para um país mais evoluído e, mais importante, onde o inglês não viesse a ser uma barreira na comunicação.


As primeiras impressões são as que contam mais. Estou em Hasselt há pouco mais de um mês e, até então, ainda não passei por más experiências. As pessoas são todas simpáticas, os preços são muito semelhantes a Portugal (às vezes até mais baratos) e a qualidade de vida é substancialmente superior.

Fonte: União Europeia

Erasmus ≠ estudar

Se pensas que vir de Erasmus é vir de férias… enganas-te! De qualquer das maneiras, o nível de exigência dependerá sempre da instituição de ensino que optares. Se a que tu escolheres se encontrar no ranking, prepara-te para meter mãos ao trabalho.


Independentemente disso, fica descansado/a. A exigência não vai superar a da ESCS. Eu, por exemplo, tenho todas as minhas aulas com alunos nacionais. Ou seja, à priori, isto significa que poderão ser mais exigentes do que aquilo que seria se, por exemplo, estivesse numa turma dedicada única e exclusivamente a alunos internacionais. Mas não é. Temos bastantes trabalhos, disso não tenho dúvidas, mas a exigência é inferior.


De qualquer modo, não tomes isto como exemplo. Cada universidade é diferente e, em função do país, pode ou não ser mais exigente do que aquela que eu frequento.

Erasmus, vales mesmo a pena?

A resposta a esta pergunta é subjetiva. Ainda assim, é bom que valha!


Realizar Erasmus permitir-te-á vivenciar inúmeras experiências que vais adorar. Desde conhecer pessoas novas, novos países, melhorar o teu inglês ou, até mesmo, ganhar mais autonomia e responsabilidade. De qualquer modo, sejam quais forem as tuas intenções, faz por valer a pena. São pouco mais de cinco meses, e passam a correr! Por isso, organiza-te e vais ver que tens tempo para fazer um pouco de tudo isto.


Durante a tua experiência, espera evoluir como pessoa, como estudante e como futuro profissional. Aproveita ao máximo os teus meses no estrangeiro para abrir os teus horizontes e para ganhares um pouco mais de “bagagem”. Se fores do curso de Relações Públicas e Comunicação Empresarial (RPCE), como eu, arrisca e inscreve-te em UC’s que fogem um pouco daquilo a que estamos habituados a ouvir na ESCS. No mundo real, um profissional de RPCE é como um canivete suíço, deve saber fazer um pouco de tudo de cada uma das várias áreas da comunicação.

Fonte: Love and Care for People

Fonte da capa: EAFC-UCCLE

Artigo revisto por Madalena Ribeiro


AUTORIA

LINKEDIN | + artigos

No secundário, Miguel optou por seguir o ensino profissional, e melhor decisão não podia ter tomado. Realizou um estágio profissional num Órgão de Comunicação Social especializado no setor automóvel e, graças a este, descobriu que num futuro perfeito pode combinar duas das suas grandes paixões: a escrita e os automóveis. Apesar de se estar a licenciar em Relações Públicas e Comunicação Empresarial, já está mais que decidido relativamente ao seu futuro na área do Jornalismo Automóvel.