Música

O encanto das live performances

Adoramos ouvir as nossas músicas favoritas e ouvimo-las vezes sem conta ou há uma música que até nem ouvimos tanto a versão produzida em estúdio – não nos cativa assim tanto. De repente, as canções preferidas ou as que nos passavam ao lado são apresentadas ao vivo e aí ganham uma dimensão diferente.

As live performances, para além dos concertos, costumam ser as partes favoritas de um artista. Ali recebem feedback instantâneo, percebem como as suas canções tocaram o seu público, é sair do estúdio para o mundo real, é uma celebração conjunta. Nestas performances, os artistas podem adicionar mais camadas e pormenores às suas canções. Utilizam as luzes, a dança, o cenário e o espaço, de forma a criar uma performance e um momento memorável. Ou também podem optar por transmitir a mensagem de uma maneira mais crua, vulnerável, real.

O público vibra com a energia dos seus artistas preferidos, as novidades que eles trazem, as note changes que fazem nas suas canções originais, as dinâmicas que os artistas trazem para incluir os seus fãs na performance, as histórias que existem por detrás de cada canção, entre tantas outras coisas.

As atuações ao vivo sempre despertaram bastante a minha atenção e interesse. Por isso, hoje trago algumas das minhas performances favoritas e o porquê. De ressalvar que serão apenas uma pequena amostra das performances que se encontram no meu top, neste momento. Há sempre mais!

Yebba – My Mind (Sofar Sounds)

YEBBA via YouTube

Uma performance real, crua e muito bonita. Yebba conta-nos uma história forte de uma maneira tão sincera que nos transporta para a situação que ela viveu e possivelmente nos faz refletir sobre as nossas vivências. A primeira vez que assisti a esta performance fiquei a sentir-me vazia, mas um vazio bom, como se as minhas emoções tivessem ido todas com ela, como se me tivesse entregue totalmente àqueles 4 minutos.

ROSALÍA – Malamente (Live on Austin City Hall)

ROSALÍA via YouTube

Assim como adoro performances acústicas e acolhedoras, adoro igualmente performances maiores, com tudo pensado: coreografias, outfits… Esta atuação ao vivo transmite muito poder e confiança. O carisma de ROSALÍA é inegável, a sua presença e entrega fazem toda a diferença. A forma como ela leva consigo a sua cultura por qualquer lado que passe, a autenticidade que é passada por ela e pela sua banda nesta atuação é de encantar. Acho que a seguir a assistir a esta performance uma pessoa quer prolongar esta sensação de poder e atitude e, por isso, levanta-se e dança com ela!

Bruno Mars – Superbowl Halftime Show 2014

Créditos: Billboard

Quem disser que o Bruno Mars não é dos melhores intérpretes da nossa geração estará a mentir. É quase impossível ficar indiferente às suas atuações e à energia que é passada. Tudo pensado ao pormenor: o jogo de luzes, a interação com o público, a coreografia. Este é o exemplo de uma ótima atuação ao vivo! Houve aspetos que me chamaram mesmo à atenção nesta atuação, como o facto de ele a começar com crianças unidas a cantar em coro, seguida de um solo de bateria pensado por ele; o facto de a banda não estar estática num sítio, de estarem todos juntos e, por fim, a dinâmica que ele fez com o público na música “Runaway Baby”, em que começou a diminuir o volume da música até só se ouvir os gritos dos fãs e volta a elevar o volume. Ele sabe o que faz!

Vulfpeck – Live in Dublin:

Vulf via YouTube

Encantou-me pela originalidade e por nunca ter visto uma atuação destas. Mostraram-me numa aula de Performance e classificaram-no como uma performance eficaz, por isso, posso garantir que vale a pena. Para não tirar o encanto de quem a ouve pela primeira vez, vou só levantar um pouco do pano… Ter o público a cantar a melodia que faz o baixo, em vez de apenas uma letra, acho que é algo bastante incrível.

Jessie J –  Who you are

Jessie J via YouTube

Aqui sou suspeita. A Jessie J é uma artista da qual gosto muito. As mensagens que ela passa através das suas canções e a própria presença são incríveis. A forma como ela lida com o seu público, com as pessoas que merecem o seu tempo, esforço e dedicação. A maneira como ela discursa esta canção é muito bonita. De seguida, canta esta música que escreveu quando tinha 17 anos e ainda hoje lhe faz sentido e para muitas outras pessoas. Este é mais um exemplo de uma atuação acústica muito sincera e próxima das pessoas. Ela é uma artista bastante empática.

Artigo por Carolina Martins

Imagem de capa / Créditos:  Vishnu R Nair

Artigo revisto por Inês Pinto

AUTORIA

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Canta desde que se conhece como gente. Não depende de nada, a não ser de música e da escrita. Em consequência dessa dependência decidiu entrar na aventura de ser redatora na secção de Música na ESCS Magazine. Aqui, pode falar à vontade sobre os mil pormenores que vê em atuações, nas canções e nos seus artistas favoritos. Está a licenciar-se em Relações Públicas na ESCS para poder ser a própria RP da sua carreira artística ou então para encontrar potenciais RP para a mesma! 🙂