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3 690 imigrantes resgatados do Mar Mediterrâneo em 24 horas

Em apenas 24 horas, foram resgatados do Mar Mediterrâneo 3690 imigrantes, anunciou a guarda costeira italiana. Os números são do último sábado e, apesar de não serem um recorde, são dos mais altos registados nos últimos anos.
Apesar da dureza do deserto, da crueldade das milícias na Líbia ou da possibilidade de morrer no Mediterrâneo (recorde-se o naufrágio ocorrido há apenas duas semanas quando 800 pessoas morreram em pleno Mediterrâneo quando a embarcação virou), as pessoas não desistem de vir para a Europa para ambicionarem uma vida. No fundo, é isso, ou tudo ou nada; ou a morte, ou a Europa.
A 12 de Abril tinham sido resgatados 3791 e no dia seguinte 2850 pessoas. Durante este fim-de-semana, um patrulheiro francês resgatou na costa da Líbia 217 imigrantes que viajavam em três pequenas embarcações. As mesmas autoridades dizem que foram detetadas mais seis outras embarcações, embora sem revelarem o número de imigrantes a bordo. Uma fragata italiana resgatou 778 pessoas e um patrulheiro outras 675. Tudo isto durante o dia de sábado.
Mas nem tudo correu da melhor forma. Mais a sul, junto à costa do Egipto, três pessoas morreram antes de chegar à embarcação que os traria para a Europa. Outras 31 pessoas foram detidas pelas autoridades egípcias. O barco em que seguiam naufragou.
Estas acções fazem parte de uma operação da União Europeia no Mar Mediterrâneo coordenada pelo Centro de Coordenação de Operações de Salvamento da Frontex, a agência de controlo de fronteiras europeias, que tem sede em Roma. No caso do navio francês, este chegou ao Mediterrâneo durante a semana passada como reforço aprovado por Bruxelas, depois do naufrágio onde os 800 migrantes perderam a vida.
As terríveis condições de vida em África têm feito chegar milhares de pessoas todos os dias à Europa através deste tipo de imigração, e o problema não tem solução à vista.

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