“Grey’s Anatomy” – Para lá da Medicina
Quem ainda não viu, pelo menos, um episódio solto de uma das séries mais aclamadas da televisão americana? Esta, que já nos acompanha há sensivelmente 17 anos, ainda não deixou de ser tema de conversa junto do público, por duas razões: ou porque a trama está constantemente a desenvolver-se e a ganhar cada vez mais fãs, ou pelo facto de já durar há 17 temporadas, o que, para alguns, já começa a ser um exagero.
No que toca a séries, não é fácil ser-se imparcial e objetivo. Existem muitas perspetivas e opiniões… Gostos não se discutem, não é verdade? Por isso, a partir daqui, o que irão testemunhar trata-se da maneira como cheguei até “Grey´s Anatomy”, o porquê de não lhe ter concedido uma hipótese mais cedo e os meus sentimentos em relação a esta série, ao longo de 13 temporadas, que foram as que vi até agora.
Recordo-me de estar bastante cética em relação à narrativa. Uma série que mostra a vida e trabalho de médicos durante um número infinito de temporadas? Naquela altura parecia-me uma ideia pouco atrativa. Até que, na primeiríssima quarentena, decidi dar uma chance a esta espécie de diário de Meredith Grey e a verdade é que fiquei rendida imediatamente: dali ao fim da primeira temporada foi um instante. Não sei se devido ao, muito atraente, Dr. McDreamy, se pelo romantismo que foi criado à volta da vida de um cirurgião – sim, já todos passámos por essa fase de querermos ser cirurgiões, advogados ou outra coisa qualquer só por causa de uma série -, ou se pela forma como aquelas personagens apresentam uma complexidade real e tão característica do ser humano. Well done, Shonda Rhimes.
Além disso, os atores foram muito bem escolhidos para cada papel e é difícil imaginar outras pessoas nos seus lugares. Curiosamente, Shonda (criadora e guionista de “Grey´s Anatomy”) estava a ter dificuldades em encontrar um ator que encaixasse perfeitamente com o visual e a personalidade que tinha imaginado para a personagem do Dr.Shepherd. Mas, quando Patrick Dempsey entrou na sala, ela soube que ele seria o tal. Assim que o viu, disse: “Uau, ele é mesmo muito dreamy” e daí surgiu também a alcunha da personagem!
Na verdade, podia ficar aqui um bom tempinho a partilhar curiosidades. Também são daquelas pessoas que durante ou depois de acabar as séries vão assistir a entrevistas, bloopers e coisas desse género? Conselho: No final é sempre melhor, não corremos o risco de apanhar spoilers!
Antes de irem a correr começar a ver esta série, acabo por dizer que “Grey´s Anatomy” não é a melhor série para binge watching. Pelo menos, na minha opinião, se o querem fazer, deve ser, no máximo, uma temporada de cada vez. É tudo muito intenso: amores, desamores, relação com os pacientes… Contudo, peguem já em vocês e comecem a ver – vale a pena acompanhar esta história e personagens apaixonantes.
Artigo revisto por Maria Ponce Madeira
Fonte da foto de capa: Wikipedia
AUTORIA
Canta desde que se conhece como gente. Não depende de nada, a não ser de música e da escrita. Em consequência dessa dependência decidiu entrar na aventura de ser redatora na secção de Música na ESCS Magazine. Aqui, pode falar à vontade sobre os mil pormenores que vê em atuações, nas canções e nos seus artistas favoritos. Está a licenciar-se em Relações Públicas na ESCS para poder ser a própria RP da sua carreira artística ou então para encontrar potenciais RP para a mesma! 🙂