Cinema e Televisão

Guardiões da Galáxia Volume 3: Como James Gunn reviveu a Marvel

Guardiões da Galáxia é uma das trilogias mais queridas pelos fãs da Marvel. Destacando-se pela direção, trilha sonora, humor e personagens carismáticos. Depois de uma série de lançamentos, no geral, pouco memoráveis, a Marvel desta vez acertou em cheio.

Filmes como Thor: Love and Thunder e Ant-Man and the Wasp: Quantumania, apesar de não serem necessariamente maus, comparativamente com outros clássicos da Marvel, decaem significativamente em qualidade. Quando o primeiro filme da franquia estreou em 2014, Guardiões da Galáxia obteve ótimas avaliações e estabeleceu-se imediatamente como um fan favorite. Uma década mais tarde, a 4 de maio de 2023, estreia nos cinemas portugueses Guardiões da Galáxia Volume 3. Tal como os outros dois filmes da franquia, está sob a direção de James Gunn. A longa-metragem foca-se no grupo dos Guardiões da Galáxia, composto por Peter Quill/Star-Lord (Chris Pratt), Rocket Raccoon (Bradley Cooper), Drax the Destroyer (Dave Bautista), Groot (Vin Diesel), Mantis (Pom Klementieff), e Nebula (Karen Gillan). Neste filme, o protagonismo é todo de Rocket – pouco que sabíamos sobre as origens de Rocket é agora exposto neste filme.

Não há tempo para introduções: a sequência inicial do filme mostra-nos tudo o que precisamos de saber. Ao som de Creep, dos Radiohead, seguimos Rocket enquanto vemos os Guardiões na sua sede em Knowhere, onde um Starlord tem a nossa especial atenção, destroçado pela “morte” da Gamora, que ocorreu em Avengers: Infinity War (2018). Os protagonistas juntam-se, mais uma vez, para protegerem Rocket do High Revolutionary, o antagonista do filme. Brilhantemente interpretado por Chukwudi Iwuji, o vilão vive à altura dos riscos apresentados no filme e está ao nível dos personagens, mostrando ser uma perigosa ameaça. Vemos no filme elementos que já nos são familiares, como o clássico humor da Marvel, com piadas muito bem posicionadas e com um ótimo timing. No entanto, além de arrancarem risos, também contêm cenas e abordam temas que nos levam às lágrimas.

É impossível falar de Guardiões da Galáxia e não falar de algo que já se tornou uma marca destes filmes: a trilha sonora icónica. Além de Creep, o Volume 3 contém músicas como I’m Always Chasing Rainbows, de Alice Cooper, e Badlands, de Bruce Springsteen. A última cena do filme apresenta um número de dança emocionante entre os personagens, concluindo a trilogia ao som de Dog Days Are Over, de Florence and The Machine.

Fonte: IMDb

Este é o segundo filme da Fase 5 e o 32.º filme do Universo Cinemático da Marvel. Obteve uma pontuação de 82% no Rotten Tomatoes e de 64 pontos no Metacritic. Ao redor do mundo, o filme arrecadou 827 914 739 dólares. Como aspetos menos bons, gostaria apenas de ver mais de Will Poulter como Adam Warlock. A estreia do personagem no MCU foi uma ótima surpresa, mas mal aproveitada.

Apesar de não estar ao mesmo nível do primeiro filme da saga, o encerramento da trilogia é perfeito, mas, ao mesmo tempo, agridoce. Os Guardiões da Galáxia vão deixar saudades, ainda que, graças à segunda cena pós-créditos, saibamos que o Starlord retornará. Depois de dez anos na Marvel, James Gunn deixa uma marca memorável. Com a sua saída da empresa para co-CEO da DC, fica a questão sobre qual será o próximo passo com The Marvels, o próximo filme do estúdio, que estreia a 10 de novembro deste ano.

Fonte: IMDb

Fonte da capa: IMDb

Artigo revisto por Andreia Batista

AUTORIA

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A Luiza tem 22 anos e antes de integrar o Mestrado de Jornalismo fez uma licenciatura em Línguas, Literaturas e Culturas. A Música sempre foi uma grande constante na sua vida. Toca 3 instrumentos. O primeiro instrumento que aprendeu foi o piano, depois o ukulele e a guitarra (sem contar com a flauta no 5º ano). Vem de uma família que está constantemente a consumir filmes e a analisá-los. Luiza adora ir ao cinema e é conhecida por fazer binge watching de séries.