Os bilingues têm cérebros mais rápidos e mais fortes, apontam dois estudos.
Estudos mostram que aprender uma língua nova muda completamente o nosso cérebro, sendo que os bilingues mostram ter cérebros mais fortes do que aqueles que sabem apenas uma língua.
Os bilingues conseguem desenvolver certas capacidades cognitivas: o primeiro estudo, desenvolvido por um grupo de cientistas da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos da América, e da Universidade de Guandgon, na China, afirma que os neurónios se fortalecem quando as pessoas estão a aprender uma língua.
Estes investigadores estiveram durante seis semanas a ensinar a 23 pessoas o significado e os tons de 48 palavras chinesas e dessa formação tiraram ressonâncias magnéticas para verificar como o cérebro reagia a essas novas aprendizagens: nas pessoas que aprenderam, de facto, os tons e o significado das palavras observou-se que algumas partes do seu cérebro, que antes estavam desligadas, estavam agora a criar ligações fortes entre si, enquanto que as pessoas que não conseguiam aprender a nova língua equiparavam-se aos monolingues. Desta maneira, os investigadores concluíram que quanto maior for o conhecimento que temos de uma língua, maior é a ligação que as várias partes do cérebro fazem entre si.
Também se concluiu, com este estudo, que os bilingues são “mais resistentes a danos” cerebrais, tendo o estudo reforçado a ideia de que aprender novas línguas pode ser uma mais-valia para prevenir a demência.
Viorica Marian, a principal autora do outro estudo, publicado na revista Brain and Language, reforçou a ideia de que os bilingues são mais eficazes a bloquear distracções, facto que ajuda a explicar o porquê de estes serem normalmente os melhores a realizarem várias tarefas ao mesmo tempo.
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