A longa e atribulada jornada para as eleições americanas
Falta pouco tempo para que cerca de 300 milhões de americanos descubram quem é o seu novo ou nova presidente. Ainda que a campanha eleitoral apenas tenha começado oficialmente no final do ano passado, os preparativos e os principais acontecimentos da mesma começaram muito antes. Vamos, então, embarcar na viagem atribulada que foram as campanhas eleitorais americanas.
O primeiro momento marcante acontece a 7 de novembro de 2020, com a eleição de Joe Biden para 46.º presidente dos Estados Unidos. Biden ganha com cerca de 51% dos votos, contra os 49% obtidos pelo seu concorrente, Donald Trump. O derrotado negou os resultados das eleições, afirmando que existiu uma fraude eleitoral. No entanto, não existem provas concretas de que tenha acontecido.
No seguimento da derrota de Trump, vários dos seus apoiantes e simpatizantes invadiram e atacaram o Capitólio a 6 de janeiro de 2021, duas semanas antes da tomada de posse de Biden. Esta invasão é considerada um atentado à democracia americana, com dezenas de pessoas feridas e com a parcial destruição do interior do edifício. Até setembro deste ano, Trump declara-se inocente de ser quem incentivou este ataque.
Após realizar alguns rallys em 2021, é a 15 de novembro do ano seguinteque Donald Trump anuncia a sua candidatura para as eleições de 2024. O seu antigo e futuro concorrente, Joe Biden, apenas anunciou a sua recandidatura a 25 de abril de 2023, já com a certeza de que chamaria Kamala Harris para ser sua vice-presidente. Contudo, Trump apenas anunciaria J.D. Vance como o seu parceiro de candidatura a julho de 2024.
Já sabendo quem seriam os principais candidatos, acontece o primeiro debate presidencial entre os dois, a 27 de junho de 2024. Este debate foi desastroso para o candidato democrata, que cometeu gafe atrás de gafe, perdendo-se na sua linha de raciocínio várias vezes ao longo do confronto. Biden foi alvo de várias críticas, sendo considerado o grande perdedor. Mesmo após as críticas, a11 de julho, Biden garantiu, numa conferência de imprensa, que estava apto para continuar com a sua campanha eleitoral.
Apenas dois dias após a conferência de Biden, Trump é alvo de uma possível tentativa de assassinato enquanto discursava na Pensilvânia. Ele acaba por sair ileso, com a bala a passar-lhe de raspão na orelha, porém, duas pessoas são feridas com gravidade e outras duas acabam por falecer, sendo uma delas o atirador.
Cerca de um mês após o debate, Joe Biden anuncia a sua retirada da corrida à presidência, com a sua vice-presidente, Kamala Harris, a anunciar a sua candidatura para presidente e, posteriormente, anunciando Tim Walz como o seu vice-presidente. Harris é muito apoiada por grandes nomes da sociedade americana, indo desde a política com elogios de Barack Obama e de Joe Biden, até ao mundo da música com o apoio de Billie Eilish e Taylor Swift.
A 10 de setembro acontece o segundo debate presidencial, agora entre Trump e Harris. Ao contrário do que aconteceu no primeiro debate, agora é a candidata democrata que sai como a clara vencedora. Momentos do debate ficaram virais nas redes sociais, como, por exemplo, quando Trump afirmou que em Springfield os imigrantes estariam a comer os animais domésticos dos habitantes da cidade.
Cinco dias após o debate, Trump é alvo de outro ataque. Um tiroteio acontece no campo de golfe do qual ele é o proprietário e onde o mesmo, à hora do atentado, estaria a praticar golfe. Trump não sofreu quaisquer lesões.
O último debate aconteceu a 1 de outubro, entre Vance e Walz, os candidatos republicano e democrata a vice-presidentes, respetivamente. Este debate não se compara aos realizados anteriormente, já que foi muito mais cordial e civilizado entre ambos.
Por agora, a próxima grande data é a de 5 de novembro, dia em que os americanos se irão deslocar às urnas para votarem no próximo presidente dos EUA. E, alguns dias depois, saberemos se teremos um segundo mandato de Trump ou história feita com a primeira eleição de uma mulher para presidente dos Estados Unidos, com Harris.
Fonte da Capa: Maine Morning Star
Revisto por: Pedro Filipe Silva
AUTORIA
A Patrícia tem 19 anos, vem de Cascais e está no primeiro ano da licenciatura de jornalismo na ESCS. Desde pequena que é curiosa e apaixonada por saber de tudo um pouco. A sua vertente tímida fez com que ela se refugiasse na escrita, onde poderia ser ela mesma. Os seus gostos são variados, desde o desporto até à música, passando pelo gosto por videojogos. Está muito entusiasmada por conseguir entrar na ESCS Magazine, sítio onde poderá mostrar um pouco de si e aprender ainda mais sobre a sociedade e as suas vertentes!