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Bolero, o álbum que une Pedro Branco e Tape Junk

Lançado a 16 de fevereiro, Bolero é fruto de um belo encontro musical entre Pedro Branco e Tape Junk.

O talento destes dois músicos tem-se vindo a desdobrar pelas mais variadas frentes sonoras.

Pedro Branco

Seja na música improvisada ou na pop independente, Pedro Branco é reconhecido como um dos guitarristas mais talentosos do panorama nacional. 

Tendo já recebido vários prémios e menções honrosas, o artista já partilhou palco com músicos tão distintos como Lena d’Água e Luís Severo, além de também integrar diversos projetos como Tiago Bettencourt e You Can’t Win Charlie Brown.

Em 2022, estreou-se a solo com o álbum A Narrativa Épica do Quotidiano, o seu primeiro lançamento em nome próprio. 

Fonte: Spotify

Tape Junk

Fonte: Bandcamp

Tape Junk é o alter-ego do músico multi-instrumentista João Correia.

Para além de Tape Junk (banda), João Correia fundou os Julie & The Carjackers e os They’re Heading West. É, também, baterista e tem vindo a lançar alguns trabalhos em nome próprio – o mais recente, Couch Pop, lançado em 2019, insere-se num indie rock com diversas influências.

Nas suas músicas, canta sobre situações do quotidiano com as quais facilmente nos identificamos, usando uma linguagem simples e, simultaneamente, intensa.

Bolero

Editado pela Discos Submarinos, Bolero conta com 12 temas originais escritos, compostos e produzidos pela dupla. 

João e Pedro conheceram-se na banda de Afonso Cabral – autor da conhecida canção Anda Estragar-me Os Planos – e, num dos concertos da tour de Afonso, em Ponte de Lima, João propõe a Pedro fazerem um álbum em conjunto, o que Pedro, na altura, pensou que fosse uma brincadeira e que, no dia seguinte, João já nem se lembraria do convite. 

A “regra” das canções deste álbum era que estas tinham de ser compostas de raiz, ou seja, não podia existir uma ideia anterior aproveitada para o alinhamento do disco. A proposta de João a Pedro também incluía a divisão da escrita e composição das músicas – cinco “malhas” a cada um – e apenas em duas semanas; claro, sempre partilhando ideias que complementavam as canções. 

É surpreendente ver esta fusão musical que encaixa de forma harmoniosa neste álbum, como se Pedro Branco e Tape Junk fossem um só, principalmente tendo em conta que pouco se conheciam e que esta amizade foi crescendo ao longo de todo o processo de composição e produção do disco.

Este álbum é uma viagem entre o melhor do indie/folk português e, segundo um comunicado da dupla, é uma viagem guiada por “um conjunto de histórias baseadas em factos reais, contadas com todos os ingredientes de um bom blockbuster…”.

Bolero é uma dança a dois que começara a ser dançada em 2020. Cantam, em inglês e através de palavras densas e melodias suaves, sobre corações partidos, descrenças e esperanças que outrora foram vividas e que agora, quatro anos depois, podem ser escutadas.

Battle Cry, Redwood Porch e Wally foram os singles de avanço e garantiram a esta dupla a entrada em várias playlists de rádios nacionais e não só!

O primeiro álbum de Pedro Branco e Tape Junk já pode ser ouvido em todas as plataformas digitais, assim como os restantes projetos dos mesmos.

Fonte da capa: Música em DX

Artigo revisto por Andreia Batista

AUTORIA

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Beatriz não vive sem música e tem uma playlist para todas as ocasiões. O seu interesse concentra-se, principalmente, na música independente portuguesa, a qual tem vindo a explorar nos últimos anos e na qual encontra o seu refúgio. A tirar a licenciatura em Publicidade e Marketing espera vir a unir o gosto pela escrita e pela música a estas duas grandes áreas.