Música

Jorge Palma – Um ícone

Foi em Lisboa, a 6 de junho de 1943, que nasceu um dos símbolos mais carismáticos da música portuguesa. De quem vos falo? De Jorge Palma, esse músico e compositor que por entre cigarros e ressacas criativas vai deixando uma marca cada vez maior no cancioneiro português.

Jorge Palma iniciou os seus estudos de piano logo aos 6 anos, e aos 8 já fazia audições para o Conservatório de Música. Num estilo clássico, o compositor e músico português dava cartas dentro e além-fronteiras. No entanto, só em 1964 acabaria por seguir um caminho mais próximo do pop-rock.

A sua primeira banda dava pelo nome de Black Boys mas foi sol de pouca dura, tendo resistido pouco mais do que alguns meses. Acabou por ser num novo projecto musical, os Sindikato, que Jorge Palma deu o grande salto ao começar a compor as suas primeiras músicas, ao criar uma aproximação ao jazz e ainda ao actuar na 1ª edição do mítico festival português de Vilar de Mouros.

“Os meus valores basicamente eram sexo, drogas e rock’n’roll. Agora, com um bocadinho mais de experiência, apareceram outros, mas aqueles continuam a ser o grande passaporte. A gente não muda muito. Aprende-se é algumas coisas, uns truques.” In Expresso

Em 1972, já actuava a solo. Os tempos mudaram, e entre fugas para a Dinamarca, digressões internacionais e muita cerveja, Jorge Palma foi crescendo e aproximando-se de um estilo mais de jazz e blues.

Com músicas que marcam, como “Dá-me” ou “Frágil”, o compositor português celebra os 25 anos do seu mais aclamado álbum “Bairro do Amor”. Um álbum que marcou uma geração e que chegou mesmo a ser considerado um marco na música portuguesa na segunda metade do século XX.

Por entre garrafas e fumos, Jorge Palma vai continuando a encontrar inspiração e imaginação para escrever músicas que levam a coros de multidões. Pessoalmente, não perco uma oportunidade de ir ver um concerto deste ícone da música portuguesa, que dá um espectáculo fenomenal em todas as suas componentes, seja na voz, no piano, em tudo. É um artista, está tudo dito!

AUTORIA

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O Tomás é um gajo com a mania de que sabe escrever e que tem opinião sobre tudo. Tem uma farta barba e reza a lenda que sem uma boa imperial nenhuma palavra lhe sai das mãos.