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Maus hábitos alimentares tiram anos de vida

Os maus hábitos na alimentação são a principal causa dos anos de vida que se perdem em Portugal.

Esta foi uma das conclusões apontadas no relatório feito pela Direção-geral de Saúde, “Portugal – Alimentação Saudável em Números 2014”, que concluiu que metade dos portugueses tem excesso de peso.

“Os hábitos alimentares inadequados em Portugal foram responsáveis por 11,96% do total de anos de vida prematuramente perdidos, ajustados pela incapacidade, no sexo feminino, e por 15,27% no sexo masculino”, refere o relatório, que compilou dados do ano passado, mas que foram recolhidos em Portugal em 2010.

Ainda assim, o relatório elogia a acção dos centros de saúde, que têm melhorado a avaliação dos casos de pré obesidade e obesidade, avaliação essa que é importante para um melhor tratamento. No ano passado mais de 410 mil utentes estavam com pré obesidade e obesidade.

Nas crianças com mais de um ano também se registam elevados valores. O relatório registou que mais de metade das crianças até aos quatro anos consome diariamente refrigerantes e néctares. O consumo de alimentos de risco para esta doença era, em crianças até aos dois anos, de 32% e em crianças com mais de 4 anos quase que chegava aos 100%.

Dos países europeus em análise, Portugal era, em 2009/2010, o quarto país com mais crianças obesas ou com excesso de peso, sendo que só Grécia, Itália e Espanha é que registaram valores mais altos.

Os resultados deste relatório confirmaram ainda que, logo desde o nascimento, as crianças iniciam hábitos alimentares pouco saudáveis, o que condiciona toda a juventude e idade adulta.

Para resolver esta situação, os especialistas recomendam que se aposte na prevenção e intervenção deste problema em idades muito precoces, junto de grávidas e famílias.

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